Não gosto de falar de tristezas, tragédias, acidentes, enfim. Prefiro deixar isso para os “Datenas” e “Montes” da vida, mas é impossível não comentar sobre o assunto, até porque, sou mulher e mãe. A história é trágica e comovente, e muitos aqui já devem ter lido nos jornais ou nos sites.
Uma menina de NOVE anos fez um aborto ontem pela manhã, em Recife. A gravidez só foi descoberta quando a criança se queixou de dores e enjôo. A mãe contou ao médico que a filha havia menstruado há apenas quatro meses e que estava há alguns meses sem menstruar. O médico desconfiou, fez os exames físicos e solicitou a ultra-som, confirmando gravidez de quatro meses. E de gêmeos...
A polícia e o serviço de proteção à criança foram acionados. A menina relatou que seu padrasto a estuprava desde os seis anos, e que sua irmã, uma adolescente de 14 anos e portadora de deficiência física, também passava pelo mesmo sofrimento da violência sexual. A mãe não sabia de nada. O padrasto confessou o crime e foi preso quando já estava para fugir para a Bahia. A mãe, então, começou a luta para o consentimento da realização do aborto.
Com uma gestação gemelar – quando o útero ainda não está pronto para a gestação –, fruto de violência sexual, a menina corria sério risco de morte. Com apenas 1,33m e pesando 36 kg, a gravidez era considerada de alto risco e, até mesmo, fatal. Uma criança de NOVE anos ainda não tem os órgãos totalmente formados!
Decidiu-se que o aborto seria realizado. A Igreja Católica tentou impedir o aborto e ameaçou ir à Justiça. O arcebispo de Olinda e Recife, dom José Cardoso Sobrinho, indignado e inconformado com o procedimento que salvaria a vida da menina de NOVE anos, ESTUPRADA PELO PADRASTO, evocou os preceitos episcopais e excomungou todos os médicos, integrantes de ONGs e feministas que apoiaram a interrupção da gravidez, com exceção da menina. Mas não excomungou o estuprador! Por sua vez, o padrasto estuprador também defendia a gravidez, declarando-se contra o aborto por ser evangélico!!! Pode isso? Gente, eu não estou maluca! É verdade! O cara estuprava a filha DEFICIENTE FÍSICA, de 14 anos, a filha caçula de NOVE anos, desde os SEIS, e ainda se diz evangélico!!!
Tudo bem: antes ler isso que ser cega e antes ouvir isso que ser surda, mas é o fim da picada, como diria minha querida mãe! Ele e o arcebispo de Olinda deveriam se unir...Seriam ótimos amiguinhos...
Imaginem o que esta criança sofreu durante três anos! Três anos sendo violentada pelo padrasto! E a irmã de 14 anos também. Sabe-se lá há quanto tempo esse animal violentava essa menina, incapaz de se defender, até mesmo pela deficiência física. E essa mãe? Como deve estar essa mulher? O “estrago” emocional e psicológico causado nas três. O “estrago” físico causado nas duas meninas...
Agora me digam, com sinceridade: a pena de morte não deveria ser aplicada num caso desses? Se bem que, pensando melhor, estupradores deveriam ser castrados!
Fala sério! Isso não é um homem, não é gente, não é ser humano! E ainda vai dormir, comer e beber com o nosso dinheiro! Às nossas custas!!! E aí, vem a “galera” dos direitos humanos...Aff...E ainda arrisca, depois de cumprir a pena, o cara virar pastor....Ou padre....Tudo é possível!
E para a galera dos sermões e ladainhas sobre o perdão, as leis divinas, direitos humanos e blá,blá,blá...Se fossem suas filhas, vocês pensariam assim? Então, me poupem, ok?
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