Uma professora de 25 anos foi internada com traumatismo craniano ao ser agredida por uma aluna de 15 anos, na manhã de segunda-feira, dia 23, na Escola Estadual Bahia, em Porto Alegre (RS).
A professora da quarta série do Ensino Fundamental recebeu chutes e socos de uma aluna da 9º série. Após ser jogada ao chão e ficar inconsciente por alguns minutos, a professora foi socorrida e encaminhada ao Hospital de Pronto-Socorro de Porto Alegre, onde foi diagnosticado o traumatismo craniano devido à queda. Agora ela está internada no Hospital Beneficência Portuguesa, sem previsão de alta. De acordo com o hospital, ela passa bem.
A adolescente foi apreendida e encaminhada à 1ª. Delegacia da Criança e do Adolescente e permaneceu calada durante o depoimento, mas, informalmente, afirmou que agrediu a professora após ter sido insultada por ela, afirmou o delegado. A diretora, a vice-diretora e duas professoras da escola também prestaram depoimento. A estudante foi autuada pelo crime de lesão corporal e pode responder por tentativa de homicídio.
A Secretaria de Educação do Rio Grande do Sul informou que foi aberta uma sindicância. As aulas na escola acontecem normalmente e uma professora substituta deve ocupar o lugar de Gláucia durante a internação.
Pois é. A que ponto estamos chegando! Os professores não podem colocar alunos para fora de sala, não podem repreender o aluno, não podem fazer absolutamente nada. E quem protege os professores? Que lei protege os professores de alunos desequilibrados, violentos, agressivos em potencial? Que lei protege os professores de pais irresponsáveis, omissos, e, por que não, cúmplices? Não estou afirmando que os pais dessa menina delinqüente, que já esteve envolvida em outros casos de agressão a professores nessa mesma escola, são coniventes com a atitude dela. Mas, que providências tomaram desde a primeira confusão criada pela filha? Porque imagino que essa garota não começou a querer “espancar” as pessoas agora. Que atitudes tiveram os pais?
Quem já trabalhou ou trabalha na Educação, sabe do que estou falando. É impressionante o número de pais negligentes, independente da classe social. Pais que transferem a responsabilidade da educação de seus filhos à escola, que não estão nem aí, que nunca têm tempo de ir às reuniões para saber o que acontece com seus filhos. O desinteresse é total, dentro e fora da escola.
Mas também existem os pais permissivos e que negam a agressividade e a violência dos filhos, que super-protegem e que são coniventes, apoiando e estimulando seus atos marginais. E as conseqüências estão aí, para todo mundo ver. O caos. A situação é muito mais grave do que se imagina...
Nenhum comentário:
Postar um comentário