domingo, 22 de março de 2009

PÉROLAS DE MAX NUNES...

- Era tão azarado que, se quisesse achar uma agulha no palheiro, era só sentar-se nele.



- A prova de que o balét dá sono na platéia é que os bailarinos entram sempre na pontinha dos pés.




- Não é que as moças de hoje sejam mais bonitas. É que as de ontem já deixaram de ser.



- O caqui não passa de um tomate diabético.




- Quem pede a palavra nem sempre a devolve em condições.




- No Nordeste , a seca é tão braba que são as árvores que correm atrás dos cachorros.




- O casamento é o único jogo que acaba mal sem que ninguém ponha a culpa no juiz.




- Os homens casados se dividem em três categorias: os polígamos, os bígamos e os chateados.




- Com as ruas esburacadas desse jeito, é preciso ser muito virtuoso para não dar um mau passo.




- O difícil de confundir alhos com bugalhos, é que ninguém sabe o que são bugalhos.




- O motivo pelo qual o povo não consegue mais comer de garfo e faca é que há muita gente comendo de colher...




- Democracia é aquele regime pelo qual qualquer cidadão pode ser presidente da República, menos eu e você, naturalmente.




- Duplicata é uma coisa que sempre vence. Nunca empata.




- Houve um tempo no Brasil em que ninguém tinha dinheiro. É hoje.



- Há casais que se detestam tanto que não se separam só pra um não dar esse prazer ao outro.


- O eleitor, obrigatoriamente, tem que ser qualificado. O candidato, não.




- Personalidade é aquilo que uma pessoa tem quando não está precisando do emprego.




- Algumas mulheres são tão feias que deviam processar a natureza por perdas e danos.




- Ah, o que seria do governo se o povo pudesse falar pela boca do estômago!



- Já foi o tempo em que a união fazia a força. Hoje a União cobra os impostos e quem faz a força é você.




- Uma camisa nova tem sempre um alfinete além daqueles que você já tirou.




- Opinião é uma coisa que a gente dá e, às vezes, apanha.




Max Nunes nasceu no Rio de Janeiro, em 1922. Médico, acabou se tornando um dos maiores humoristas brasileiros. Criador do famoso programa “Balança, mas não cai”, da década de 50, na Rádio Nacional, Max também passou pelo Diário da Noite e Tribuna da Imprensa. Hoje, é um dos produtores do Jô Soares.




As pérolas acima foram extraídas de "Uma pulga na camisola - O máximo de Max Nunes", da Companhia das Letras - São Paulo, 1996, págs. diversas, seleção e organização de Ruy Castro.

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