Hoje foi ao ar o segundo capítulo da minissérie sobre Maysa. Não falar do figurino é impossível. Porque é, simplesmente, impecável. O trabalho de pesquisa foi fantástico! A cenografia é esplêndida. A reconstituição da época é perfeita! E optar por trechos narrativos, retirados do diário de Maysa, foi uma grande sacada: só poderia ser Manoel Carlos mesmo...
A personalidade forte dessa mulher fica evidente. Mas, para mim, essa personalidade nasceu e cresceu pelo descontrole. Descontrole que não era causado apenas pelo álcool. A impressão que passa é que ela já era uma pessoa meio que desequilibrada emocionalmente. O álcool apenas trazia à tona toda a instabilidade interior. E isso pode acontecer com qualquer um de nós. O equilíbrio - físico, mental e emocional - se esvai na mesma proporção em que o nível de teor alcoólico aumenta. Imagina em uma pessoa que quase nunca está sóbria. Agora, imagina uma pessoa dominada pela dúvida, pela angústia, pela tristeza, pela ousadia de se rebelar contra os padrões severos da época, e quase nunca sóbria! Não poderia ser diferente.
Até agora, o trabalho de Manoel Carlos, Jayme Monjardim e toda equipe está acima de qualquer crítica. Um espetáculo! Vale a pena manter os olhos abertos a todos os detalhes e os ouvidos atentos a todos os diálogos. O sono, a gente recupera depois. Mas um trabalho desse nível, só se sair em DVD. E, se sair, com certeza haverá um no meu lar-doce-lar....
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