Abro a porta de minha casa e percebo que ela está em algum lugar, me esperando. Sua luz é inconfundível. Atordoa. Atiça. Sem acender uma lâmpada sequer, dirijo-me ao quarto. E ela está lá, iluminando todos os aposentos de meu lar-doce-lar. Desnecessárias tornam-se todas as lâmpadas.
Meio resistente, até por saber o que me aguarda, vou à janela. E ao olhar para o céu, limpo e estrelado, nos encontramos. Redonda, plena, e encantadoramente romântica. Inspiradora de textos e poesias. De encontros. De amores. De paixões arrebatadoras.
Provocante, instiga os amantes. Disfarçando-se de ingênua, estimula os devaneios. Em sua aparente inércia, desperta os sentidos e os instintos.
Atrevida. Sedutora. Ciente do poder que exerce sobre mim. E impotente diante de tanta beleza e do fascínio que me provoca, rendo-me. E me deixo seduzir.
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