quarta-feira, 23 de abril de 2008

DIA NACIONAL DO CHORO!!! É HOJE GALERA!

Alfredo da Rocha Viana Filho, conhecido como Pixinguinha, nasceu no Rio de janeiro em 23 de abril de 1897. Flautista, saxofonista, compositor, cantor, arranjador e regente brasileiro, é considerado um dos maiores compositores da música popular brasileira. O negão era um espetáculo!



Em 1919, Pixinguinha formou o conjunto Oito Batutas, formado por Pixinguinha na flauta, João Pernambuco e Donga no violão, dentre outros músicos. Fez sucesso entre a elite carioca, tocando maxixes e choros e utilizando instrumentos até então só conhecidos nos subúrbios cariocas.
Quando compôs Carinhoso, entre 1916 e 1917 e Lamentos em 1928, que são considerados uns dos choros mais famosos, Pixinguinha foi criticado e essas composições foram consideradas como tendo uma inaceitável influência do jazz. Mas na verdade elas eram avançadas demais para a época. Além disso, Carinhoso, na época, não foi considerado choro e sim polca. Pode?


Outras composições, entre centenas, são Rosa, Vou vivendo, Lamentos, Naquele Tempo e Sofres Porque Queres.
No dia 23 de abril comemora-se o Dia Nacional do Choro, em uma homenagem ao nascimento de Pixinguinha. A data foi criada oficialmente em 4 de setembro de 2000, quando foi sancionada lei originada por iniciativa do bandolinista Hamilton de Holanda e seus alunos da Escola de Choro Raphael Rabello.

Pixinguinha faleceu em uma igreja, na cidade do Rio de Janeiro, quando seria padrinho de um batizado.

Meus choros prediletos, de autoria deste espetáculo de negão, são:Lamentos, Naquele Tempo, Os Cinco Companheiros, Um a Zero, Sofres Porque Queres e Vou Vivendo.
Grande Pixinguinha!
E viva Pixinguinha!


CURIOSIDADES SOBRE PIXINGUINHA:





*De repente, Dona Betty precisou ser internada no Hospital do Iaserj. Pixinguinha não absorveu o choque, enfartou e acabou socorrido no mesmo hospital. Com medo que o estado de sua mulher piorasse, combinou com o filho (Alfredinho) não contar o enfarte a ela. Todos os dias, no horário de visita, Pixinguinha deixava o leito, vestia o terno e o chapéu, e, acompanhado do filho, ia ver a esposa levando-lhe um buquê de flores. Depois, voltava para o próprio quarto de doente, na cardiologia, e prosseguia com o tratamento.
Durante algum tempo, ele repetiu, costumeiramente, o ritual de visita diária à esposa, até que um dia, surpreendeu-se ao entrar no quarto de dona Betty e encontrá-la dormindo muito quieta. Tomou um susto, porque o velho coração, enfraquecido ainda mais pela traiçoeira doença, ameaçou baquear para sempre. Pixinguinha safou-se, pensando no filho. Respirou fundo, manteve-se firme e permaneceu bom tempo velando o sono da amada companheira. Passados oito meses, ele morria. Enfartado.

*"Eu fazia umas bossas, eu era do choro, eu seguia a inspiração". (Pixinguinha falando sobre os seus primeiros improvisos na flauta).

*Altas horas da noite, voltando de uma apresentação, Pixinguinha foi cercado por três assaltantes. Depois de entregar o dinheiro e explicar que carregava a sua flauta no estojo, ele foi reconhecido pelos criminosos, que, com um pedido de desculpas, devolveram-lhe o dinheiro. Fizeram mais: decidiram escoltá-lo até sua casa. No caminho, porém, o grupo parou numa birosca que abria as portas muito cedo, ainda de madrugada. O inusitado encontro acabou em muito samba e cachaça, por conta – imagina - do cachê que o músico havia recebido anteriormente na noite.

*Em 1952, na igreja São Geraldo, por ocasião das bodas de prata de Betty e Pixinguinha, quando tudo estava pronto para o início da missa, espalhou-se o comentário de que a organista faltara. Mas a situação foi rapidamente resolvida: o filho, Alfredinho, tomou o lugar ao lado da mãe e Pixinguinha apossou-se do coro, assumindo o órgão e presenteando a todos com inspiradas improvisações ao instrumento durante o transcorrer da celebração.

*"Gargalhada" (Shottish) é considerada a sua peça mais difícil para flauta.





Adoro chorinho, e a torcida rubro-negra inteira sabe disso. Pixinguinha é um dos gênios deste gênero.

O Choro, popularmente chamado de chorinho, é um gênero musical, uma música popular e instrumental brasileira, com mais de 130 anos de existência. Os conjuntos que o executam são chamados de regionais e os músicos, compositores ou instrumentistas, são chamados de chorões. Apesar do nome, o gênero é em geral de ritmo agitado e alegre, caracterizado pelo virtuosismo e improviso dos participantes, que precisam ter muito estudo e técnica, ou pleno domínio de seu instrumento. O choro é considerado a primeira música popular urbana típica do Brasil e difícil de ser executado.

Lamentável é ver o choro tão desvalorizado e esquecido pela grande maioria dos brasileiros. Mais Clubes do Choro deveriam surgir pelo país. Mais Escolas de Choro. Mais Festivais de Choro deveriam acontecer pelo país. Cultura musical gente! Vamos ajudar os jovens a sairem da trilogia forró, funk, pagode! O choro faz parte da história do Brasil gente! Afinal, a história do Choro provavelmente começa em 1808, ano em que a Família Real portuguesa chegou ao Brasil. Ninguém se liga nisso? Que coisa!

Bem, desabafo feito!

E hoje, em homenagem a este espetáculo de negão que era o Pixinguinha, vou ouvir muito chorinho!
Só pra não perder o costume! rsrsrs...

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