terça-feira, 22 de abril de 2008

ALZHEIMER DO EXCESSO!

Alzheimer do Excesso
Uma pesquisa apresentada na reunião anual da Academia Norte-americana de Neurologia, destaca que quem fuma ou bebe em demasia tem maior risco de desenvolver a doença mais cedo. O excesso do fumo ou do álcool tornam maior o risco de desenvolver mais cedo a doença de Alzheimer. Mais do que os que são moderados em qualquer das duas atividades.
A afirmação é resultado de um estudo que será apresentado esta semana, durante a 60ª reunião anual da Academia Norte-americana de Neurologia, em Chicago. Os pesquisadores avaliaram 939 pessoas com mais de 60 anos, com diagnósticos de possibilidade ou probabilidade para a doença. Foram reunidas também informações de membros das famílias sobre históricos de fumo e de uso de bebidas alcoólicas.
Os autores também determinaram se os participantes tinham a variante A4 do gene apoE, cuja presença aumenta o risco da doença de Alzheimer, pois pessoas com a variante costumam desenvolver o mal antes das demais. Os cientistas verificaram que 7% dos pacientes tinham histórico de beber pesadamente – definido como o consumo de mais de dois drinques por dia. O fumo pesado, de mais de um maço por dia, esteve presente em 20% dos participantes. Desses, 27% apresentava a variante genética do apoE.
Os autores do estudo descobriram que aqueles que bebiam pesadamente desenvolveram Alzheimer em média 4,8 anos antes. Os que fumavam mais de um maço de cigarros por dia desenvolveram a doença em média 2,3 anos antes. E quem tinha a variante A4 manifestou o mal três anos antes do que os demais. Segundo os cientistas, os que possuíam os três fatores, desenvolveram a doença em média 8,5 anos antes do que aqueles que não tinham nenhum deles. Os 17 pacientes que apresentavam a variante A4 e bebiam e fumavam pesadamente, desenvolveram Alzheimer em uma idade média de 68,5 anos.
A doença se manifestou em média aos 77 anos para os 374 voluntários que não bebiam ou fumavam em excesso e que também não tinham a variante genética.
"Os resultados são importantes por indicarem que, se pudermos reduzir ou eliminar o fumo e a bebida em excesso, poderemos adiar substancialmente o início do Alzheimer e mesmo reduzir o número de pessoas com a doença", disse Ranjan Duara, do Centro Médico Monte Sinai e um dos autores do estudo.
"Projeções anteriores estimaram que um atraso de cinco anos na manifestação da doença levaria a uma redução de quase 50% no total de casos da doença. O novo estudo destaca que esses dois fatores, fumar e beber pesadamente, estão entre os mais importantes para se tentar prevenir o Alzheimer", afirmou Duara.
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FONTE: 3º SETOR

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