terça-feira, 29 de abril de 2008

CÉLULAS-TRONCO NA CURA DE DIABETES TIPO 1, NA CEGUEIRA E EM TRAUMAS DA MEDULA ESPINHAL....EM TESTE!

Acabei de ler uma matéria interessante sobre o andamento das pesquisas com células-tronco embrionárias nos EUA. Aliás, dizem que George Bush proibiu as pesquisas com embriões. Pelo que acabei de ler e acabei pesquisando, o presidente americano apenas vetou a utilização de verbas federais para este tipo de pesquisa.
Aqui, em terras brasileiras, os estudos foram permitidos em 2005, mas não acontecem porque uma ação direta de inconstitucionalidade se arrasta e até agora não há nenhuma decisão à vista do Supremo Tribunal Federal.
Enquanto isso, na terra do Tio Sam, testes pré-clínicos, em fase 1, de tratamentos com CTEHs transformadas (diferenciadas) em células de reposição de tecidos lesados, podem ter início ainda em 2008. Três empresas americanas já estão se preparando para isso.
Lá pelo meio do segundo semestre, a Geron Corp., de Menlo Park, Califórnia, deverá iniciar testes preliminares com células nervosas derivadas CTEHs (oligodendrócitos e neurônios dopaminérgicos), no tratamento de traumas de medula espinhal, que confinam tantas pessoas a cadeiras de rodas. Até agora, a empresa só tem a prova de princípio de que essa terapia celular poderia funcionar ao restaurar a função de nervos seccionados de ratos com a ajuda de células humanas. Falta provar que é seguro - e esta é a função do teste de fase 1 - e que funcionaria também nos seres humanos - o que é testado na fase 2.
Já a Advanced Cell Technology, de Alameda, Califórnia, obteve das CTEHs, as células pigmentares da retina e pretende testá-las no tratamento da degeneração macular, moléstia que pode provocar perda progressiva da visão e que afeta de 15% a 25% das pessoas com mais de 75 anos. No Brasil, calcula-se 60 mil novos casos da doença, por ano.
Os diabéticos do tipo 1 podem ficar livres da insulina se for comprovada a eficácia da terapia com células embrionárias. A Novocell, Inc., de San Diego, Califórnia, obteve das CTEHs, células pancreáticas capazes de produzir insulina em camundongos. Outra prova de princípio. Neste caso, de que a terapia com células embrionárias poderia tratar pacientes de diabetes tipo 1, que hoje dependem do uso constante da injeção de insulina.
Não é por coincidência que as três empresas se encontram na Califórnia, no Oeste dos EUA. Este Estado já está voltado para a tecnologia e para as pesquisas com células-tronco há muito tempo. Em 2004, por meio da Proposição 71, o governo estadual consultou a população sobre a criação de um Instituto de Medicina Regenerativa e obteve autorização para investir US$ 3 bilhões na iniciativa. Aqui no Brasil, nesta época, discutíamos a permissão ou não das pesquisas com embriões. E, em 2008, ainda estamos em fase de discussão.
Lá nos EUA, o debate agora, em 2008, é outro: como testar a segurança das CTEHs, ou melhor, das células terapêuticas delas derivadas. CTEHs são células polivalentes, ou seja, "pluripotentes" - no jargão biomédico - capazes de assumir a identidade de células da maioria das centenas de tecidos que compõem o corpo humano: sangue, dente, cérebro, músculo, osso etc. É preciso ter certeza de que as CTEHs usadas no tratamento vão se transformar só nas células do tecido que se quer regenerar, e em nada mais.
Imagina um dente crescendo no olho! Por isso é necessário saber, com absoluta certeza, o que vai acontecer. A questão é: que tipo de testes é preciso fazer, já que se trata de uma terapia nunca antes experimentada? Ou ainda: existirá uma maneira de padronizar esses testes, como se faz com novos medicamentos? Ou será necessário desenvolver um padrão para cada tipo de células e terapia desenvolvida a partir das CTEHs?
A agência de alimentos e fármacos dos EUA, a FDA, realizou uma reunião exploratória para tentar conseguir algumas respostas, mas nada ficou definido. A única certeza é sobre a necessidade da criação de um ensaio-modelo para testar a capacidade de cada tipo de célula derivada de CTEHs na indução de tumores. Afinal, de que adianta curar a tetraplegia, cegueira ou diabetes e ao mesmo tempo arranjar um câncer para o paciente? Mas o assunto e a questão estão sendo discutidos.
Enquanto isso, em terras tupiniquins, a decisão final sobre as pesquisas com células embrionárias é aguardada com ansiedade por todos que mantêm esperanças de ter uma vida normal. Quando o STF baterá o martelo sobre o assunto? Pois é...

6 comentários:

Zulma Peixinho disse...

Olá Nice Pinheiro,
Gostaria de informar que o jornal ‘The New York Times’ noticiou, em 15 de maio último, a recusa ao teste de células embrionárias humanas em pacientes por parte de Steven Bauer (Chefe da 'FDA Cell and Tissue Therapy Branch') frente a uma solicitação de enorme peso: 21.000 páginas!
Um abraço,
Zulma Peixinho

NICE PINHEIRO disse...

Obrigada pela informação Zulma. Assim que tiver tempo vou pesquisar para saber mais sobre o assunto em questão.
Um grande abraço
Nice Pinheiro

welse disse...

welse disse:
quem souber de algum tratamento com celulas tronco para diabetes tipo 1, por favor, me avisem, urgente. Obrigada.

welse disse...

Por favor, quem souber de algum tratamento para cura de diabetes tipo 1, me avisem urgentemente.Com celulas tronco. Obrigada, Welse

Anônimo disse...

sou bombeiro militar a 21 anos a 15anos sou diabetes tipo 1 ja salves muitas vidas ken salva a minha vida so celular tronco

Anônimo disse...

sou bombeiro militar a 21 anos a 15anos sou diabetes tipo 1 ja salves muitas vidas ken salva a minha vida so celular tronco