sexta-feira, 4 de setembro de 2009

1º CAPÍTULO: DESCARREGANDO O EQUIPAMENTO

Quarta-feira, dia 26 de agosto. Tudo iria começar em poucas horas. Na véspera, confirmei com a Lu a contratação dos dez homens para descarregar os caminhões que trariam cenário, figurinos e os equipamentos de iluminação. Eles deveriam estar na porta dos fundos do Teatro da AMAM às 10 horas. Entrei em contato com o Carioca, responsável pela equipe que descarregaria os caminhões, e confirmei horário e local. Depois, entrei em contato com o Major Lobão. O material deveria ser descarregado até às 14 horas, pois haveria um evento no Teatro às 15 horas. Liguei para a Xodó, confirmei o horário e solicitei o número de celular dos motoristas para que eu pudesse monitorá-los e verificar se estava tudo dentro do prazo previsto. Tudo certo. Hora de dormir e relaxar para encarar a os dias que se seguiriam....










Assim que cheguei na AMAM reuni o pessoal que iria descarregar os caminhões e expliquei que o serviço deveria ser feito com calma e muito cuidado, pois tratava-se de material delicado e frágil e de equipamentos caríssimos e de muita precisão. Primeiro, estava prevista a chegada de dois caminhões que viriam direto de São Paulo, onde a Companhia Deborah Colker apresentou 4 por 4 no Teatro Alfa, de 21 a 25 de agosto. Um caminhão tinha 14 metros e outro 10. Grandinhos, não é? Pois é. Então, a Xodó me ligou lá pelas 9 horas avisando que um outro caminhão (de 7 metros) partiria do Rio de Janeiro carregado de material que estava faltando para a iluminação. E eu monitorando os motoristas que vinham de Sampa e do Rio pelo celular. De hora em hora eu ligava para saber onde eles estavam e o tempo previsto para a chegada. Poderia surgir um engarrafamento, um acidente, enfim. Estrada é estrada, vocês sabem. Tudo bem. Até que começaram os imprevistos....












Os caminhões que deveriam chegar às 10 chegaram às 14 horas. E a preparação para o evento que seria às 15 horas começou 14h30. Nem pensar em descarregar o caminhão. Para completar, o caminhão que sairia do RJ às 11 horas, teve um pneu furado. E, ainda por cima, o horário de almoço da empresa onde o material seria carregado para o caminhão era das 11 às 13 horas. Sendo assim, o caminhão começou a ser carregado após as 13 horas e só foi liberado para seguir viagem por volta das 15h.





Enquanto isso, ligações e mais ligações. A Xodó me ligando direto, eu ligando para a Lu, para o encarregado dos homens que descarregariam os caminhões, para os motoristas e para o Major Lobão. Compreensivo e solícito, o Major liberou a entrada do material entre 16 e 18 horas, pois às 19 horas haveria outro evento. Liguei para o Assis (caminhão do Rio) e expliquei a situação. Eu monitorando o Assis daqui e a Xodó fazendo o mesmo de lá. Não sei como o coitado não teve um colapso nervoso...rs.












Os caminhões de Sampa chegaram e os dez rapazes começaram a descarregar o material. Painéis. Muitos painéis e muitos, mas muitos baús carregados de equipamentos. Eram baús e mais baús. Cada um mais pesado que o outro. Parecia que dez homens não era o suficiente para suportar o peso dos imensos baús. Os motoristas comandaram tudo, pois já eram bastante experientes no assunto. E a cada baú descarregado eu podia ver a veia do pescoço de todos os rapazes “inflando”. Surreal...




O soldado Gouvêa sempre perto, orientando sobre o espaço a ser usado e providenciando tudo que era solicitado. Um apoio fundamental para todos nós. Presença constante e importantíssima.









O segundo caminhão começou a ser descarregado e o que estava vindo do Rio ainda não tinha chegado. E dá-lhe celular. “Estou na Avenida Brasil. Estou subindo a Serra das Araras, mas o caminhão está muito pesado. Estou passando o posto da Polícia Federal”. E os minutos passando....Até que finalmente escutei: “Estou entrando na AMAM”. Que alívio! O segundo caminhão ainda estava sendo descarregado e faltavam apenas 30 minutos para começar o evento no Teatro. O soldado Gouvêa veio avisar que teríamos que interromper o serviço. O Major Lobão estava em reunião e eu me dirigi aos oficiais que estavam no auditório do teatro para solicitar que nos permitissem continuar o trabalho. Poderíamos fazer isso durante o intervalo, que seria de meia hora. O terceiro caminhão chegou quando o segundo estava quase vazio. Resumindo a ópera, o trabalho de descarregar o material de 4 por 4 encerrou às 22h30.












Os rapazes foram embora na Van, e os motoristas foram para o Rio de Janeiro. Porém, ainda aconteceu outra coisa: os caminhões de 14 e de 10 metros ficariam em Resende, de onde sairiam direto para Macaé, onde seria realizada a próxima apresentação de 4 por 4. Isso não estava no roteiro....rs. Foi uma decisão de última hora da produção do Rio. E onde colocar aqueles caminhões imensos? Liguei para o Laís Amaral e comuniquei a situação, até porque eu não tenho autonomia para permitir a permanência de um veículo em algum local por quase quatro dias. Alguns minutos depois ele retornou a ligação para definir onde o caminhão ficaria. Enquanto isso, Xodó e Assis conversaram ao celular e decidiram que só o caminhão de 14 metros ficaria na cidade. Liguei para o Laís para comunicar a decisão da Xodó e escoltei o Gilson até o local. Depois fui levá-lo ao encontro de Assis e Cosme, que já esperavam por ele no posto de gasolina que fica na saída de Resende.











De lá, para o aconchego de meu lar-doce-lar. Fazia muito frio. Um banho bem quente e demorado, um pijama limpinho e cheiroso, e cama para que te quero! Fui deitar por volta de 1h30 da manhã. Às seis acordaria para outro dia de expectativa e adrenalina. A equipe técnica e Xodó chegariam às 11 horas em Resende. Mas isso é assunto para o próximo capítulo....rs.

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