quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

O VALE-CULTURA....

O vale-cultura vem aí. Para ampliar o acesso da população às opções culturais, o governo federal deverá lançar logo após as folias de Rei Momo, o vale-cultura. O ministro da Cultura, Juca Ferreira, explicou como funcionará o benefício durante o Encontro Nacional com Novos Prefeitos e Prefeitas, em Brasília.





O valor definido do vale-cultura é de R$ 50, podendo ser usado para assistir a peças de teatro e para a compra de livros. Segundo o ministro, apenas empresas que pagam impostos com base no lucro real poderão disponibilizar o benefício aos trabalhadores.







"É muito parecido com o vale-refeição mas, no lugar de alimentar o estômago, vai alimentar o espírito. Estamos formatando a proposta, já há um grau de entendimento grande. O presidente Lula é um entusiasta porque você, no lugar de apenas fomentar a produção cultural, vai fomentar o acesso. Precisamos garantir que a cultura chegue ao povo brasileiro e o vale-cultura é um instrumento de acessibilidade" , disse Ferreira.





O processo de negociação está "em fase final" e, apesar de admitir que a próxima e última etapa é "difícil", o ministro está confiante de que o projeto será provado no Ministério da Fazenda.






"Está quase no finalmente. Aceitamos uma série de ponderações, queríamos um quantitativo maior e chegamos a R$ 50, que já é uma grande contribuição. Depois do carnaval, já começo a me preparar para lançar junto com o presidente", completou.






Pois é. Não sei o que as pessoas pensam sobre o vale-cultura, mas eu acredito que esta seja uma proposta valiosa para a população. Muitas pessoas não têm a oportunidade de ir ao teatro ou comprar um livro que gostaria de ler porque o orçamento, sempre apertado, não permite. Pelo menos, com os R$ 50 do vale-cultura, alguns poderão comprar um livro num mês e assistir uma peça de teatro no mês seguinte, e por aí vai. E, dessa forma, o cidadão vai adquirindo mais cultura e mais gosto pela leitura e pela arte. Mas, se esse benefício tivesse um alcance mais amplo, podendo ser usado também para assistir um concerto de orquestra sinfônica, uma ópera, um ballet, um show de chorinho ou de bossa-nova, o resultado seria muito melhor. Vamos combinar: quando Fernando Bicudo montou Aída em plena Quinta da Boa-Vista, no Rio de Janeiro, com todos os aparatos de uma superprodução, o sucesso foi total e superou todas as expectativas! O povo gosta e quer conhecer, só precisa de oportunidade! Que venha o vale-cultura! E que este benefício seja concedido, de verdade e tão somente, a quem realmente precisa: o trabalhador.

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