Escreveu uma coluna sobre cinema no jornal A Lira, onde trabalhou como repórter por três anos. Aos 34 anos voltou para o Rio de Janeiro e há um ano e meio está em São Paulo, Terra da Garoa e de Rita Lee, sua mais completa tradução. Perceberam que Caetano baixou? Pois é. Mas subiu na mesma velocidade que desceu...
Continuando. Este homem lindo é formado em Jornalismo pela UBM, em Barra Mansa, e em Teatro pela Escola de Teatro Martins Pena, no Rio de Janeiro. Remo costuma dizer que é um ator que ganha dinheiro como modelo porque a “casca” favorece. E que "casca"! rsrs...
Vamos combinar: Remo Rocha Filho e Martha Carvalho Rocha devem ficar olhando incrédulos para o filho, não é? Que inspiração! Olha o resultado aí...rsrsrs.
Moreno, alto, bonito e sensual. Se é a solução para os problemas de alguma mulher eu não sei, mas que o homem é bonito, isso é! Como se não bastasse, é inteligente, culto, simpático, sincero, espontâneo, amável, carinhoso, gentil e está solteiríssimo meninas!!!!
É verdade! Isso já é abuso! Já sei, vocês querem saber mais sobre o gato, não é? Tudo bem, vou contar tudo. Leiam a entrevista e preparem-se para o ataque!
Com vocês, Remo Rocha, um espetáculo de homem!
Como você lida com essa coisa de vaidade?
Como todo artista sou vaidoso e entendo que a vaidade bem “conduzida e trabalhada” leva à confiança, que te conduz à segurança, o que é imprescindível nessa profissão tão competitiva. Somos postos à prova a todo instante. Mas sou um cara tranqüilo e nunca me deslumbrei. Não canso de repetir a quem me perguntar: não estou e nem nunca estive nessa porque escolhi ou porque gosto de aparecer, namorar mulheres bonitas ou ser reconhecido nas ruas. Estou nessa porque reconheço minha essência nisso. Ser ator neste país, até que se ganhe notoriedade, é uma sina: trabalha-se muito, a competição é dura e desigual; ganha-se mal (com algumas exceções) e ainda somos obrigados a lutar contra a desconfiança da família e de uma sociedade conservadora, capitalista e pragmática.
Quais são seus planos imediatos?
Neste ano que começou mudei e estou mudando muita coisa. Mudei de agência, de agente, minha filha veio morar comigo, estou mudando de endereço, etc. É um ano de apostas. Se depender de mim, paro de trabalhar como modelo. Quero preocupar-me menos com a aparência e o peso. Voltar ao Rio e para perto do meu filho no fim do ano, é uma meta. A idéia é “viver” somente da carreira de ator. Parece complexo, mas é simples. Parece simples, mas é complexo. Ando também a procura de um texto contemporâneo para dois atores. Ainda não achei o que quero. Tenho lido muita coisa.
Que trabalho te deu mais prazer?
Trabalhos bons são aqueles em que as pessoas envolvidas são interessantes, o processo é sadio, a execução é plena e o resultado é agradável. Onde exista comunhão. Comunhão e solidariedade. Não acredito em arte sem comunhão.
O que faz um trabalho como modelo ser bom?
Geralmente prefiro os que envolvem viagens, mulheres bonitas (porque não? rs...), fotógrafos rápidos que sabem o que desejam, bons papos e lugares inusitados.
E os de ator?
Atuar é bem mais complexo. Confesso que quando finalizava alguns trabalhos, pensava desesperado: “Meu Deussssss!! Quando é o Concurso para o Banco do Brasil??”, rs... Mas, aprendi a lidar com meus erros, trabalhar minhas inseguranças e fui crescendo, adquirindo confiança e credibilidade. Aprendi errando onde podia errar.
Um trabalho que gostei de fazer recentemente foi um curta, todo rodado em Búzios. Passei uma semana numa casa enorme - juntamente com toda equipe - e ainda estava na companhia da minha filha querida. Por uma questão de luz, acordávamos todos os dias às 4h da manhã e gravávamos de 5h a 6 horas. Depois tinha o dia todo para mim naquela cidade linda...
Catálogo de Inverno da Harley Davidson
Marlon Brando, De Niro, Al Pacino, Jack Nicholson, Kevin Spacey, Denzel Whashington, Mickey Rourke, etc. Dos brasileiros, Wagner Moura, Selton Mello, Lázaro Ramos, além do saudoso e imortal mestre Paulo Autran. Sinto falta de mais atores negros e bons atores “mirins” aqui no Brasil. Gosto também de caras como Daniel Day-Lewis que passam seis meses filmando e permanecem no personagem durante toda filmagem.
Então o lance é estar atento e observando estes grandes mestres e suas técnicas para, de quando em vez, tentar se utilizar de algo. Cada ator constrói seu método. Isso é muito pessoal. De qualquer forma, ler Stanislavski é obrigatório – utilizando ou não. Em cinema e televisão se costuma dizer: “O menos é mais”. Quem é ator sabe do que estou falando. Dependendo do ator, demora-se uma vida para compreender, aceitar e aplicar isso.
Esporte que pratica:
Futebol, Vôlei, Boxe, Yoga, Surf... Recentemente me deram uma bolsa na Cia Athletica aqui no Brooklin (obrigado Paulinha!) - sem comentários para essa academia impressionante - que possuiu 200 atividades diárias! rs... Como eu amo esportes, me mando para lá no fim da tarde, quando tenho tempo, é óbvio, e só saio às 23hs, quando fecha. Adorei voltar a jogar vôlei. Admiro toda forma de esporte. O esporte sempre esteve muito presente em minha vida, seja praticando, torcendo ou admirando. Envolvo-me, me emociono e, muitas vezes vou às lágrimas. O esporte me levou à lugares onde poucas coisas me levaram, seja assistindo ou praticando.
Um homem bonito: Meu pai
Uma mulher bonita: Ana Hickmann
Lazer:
O que mais gosta:
Na verdade, o que realmente me dá prazer é estar envolvido, focado, trabalhando naquilo que amo. Não sou nada sem o “elixir do movimento constante”. Gosto de estar no olho do furacão.
Quem admira:
Big Brother?
Um lixo. Podre. É o culto, é a hiper-valorização à cultura do vazio, do nada. Um mico enorme para quem participa e outro, dez vezes maior, para quem assiste. Recuso-me a dar audiência a Big Brother. Se a Globo coloca uma coisa no ar e diz que é bom, as pessoas acreditam. Por favor, pense um pouquinho antes de “comprar” esta idéia absurda de Big Brother. Leiam um bom livro.
Nunca fui à Europa. Morei nos EUA quando criança e viajei para alguns lugares do Brasil a trabalho. Tenho em mente uma viagem pela América do Sul e outra à Europa. Mas não agora.
Fidelidade:
A pergunta é: ser fiel a quem? Esta é um a pergunta que me faço freqüentemente e que sempre me perturbou. Penso que devemos ser fiéis aos nossos sentimentos, ao nosso coração. E se neste raciocínio você conclui que haverá “traição”, o caminho é terminar a relação. Já traí antes e não é bom. Numa relação, busco reciprocidade, mas isso é raro. Gosto de estar casado, namorando, mas gosto também de estar solteiro. Confesso que tenho um pouco de preguiça de começar uma relação porque vivo bem sozinho; a vida é mais leve assim. Acho que sou meio nômade. Estava namorando, mas estou solteiro novamente. (viram meninas?)
Nunca tive grandes sonhos. Vou vivendo e tentando dar o meu melhor. Desenvolvi sim, objetivos.
Pesadelo:
Aquecimento global. Sou cético. Não acredito que as coisas irão mudar e tenho para mim que a existência humana tem os dias contados neste planeta chamado Terra. Isso porque o ser humano é essencialmente egoísta e as coisas não vão mudar. De qualquer forma tento fazer minha parte, o que na verdade é muito pouco: colaboro com o Greanpeace, não jogo lixo no chão, separo e levo lixo para reciclar, fico atento ao desperdício de água e luz, etc. Muito pouco.
Pra descansar:
Minha casa na fazenda.
Pra badalar:
Baladas são boas, aqui em São Paulo tem de todo tipo, todos os dias. Mas um programa que amo é japonês, vinho e boa companhia.
Lugar ideal pra viver:
O lugar independe, moro dentro de mim... Estabelecer a paz interna é o objetivo.
Filme:
Coração Valente
Frase:
“Todo homem morre, mas nem todo homem vive”
(Willian Wallace – Coração Valente)
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