A CULPA É DOS EARWORMS!!!

Vira e mexe, fico assobiando ou cantarolando “No Boteco do Hélio”, “Noites Cariocas”, “Misty”, “Three To Get Ready”, “A Flor e o Espinho”, e por aí vai. Já aconteceu de dormir e acordar com a mesma música na cabeça durante dias seguidos. São algumas das músicas que mais gosto. Que coisa! A danada da música está lá, grudada na minha linda cabecinha. Mary Dutra até decorou “No Boteco do Hélio”...rs.

E aí, como nada acontece por acaso, dei de cara com uma matéria que explicava o fenômeno: os earworms são os culpados. Mas, o que são earworms? São larvas de ouvido. Não, não são aquelas coisinhas nojentas que você está imaginando. Elas têm o nome de parasitas porque se hospedam na nossa cabecinha e produzem uma espécie de “coceira cognitiva” ou “coceira cerebral” - uma necessidade do cérebro de preencher lacunas no ritmo de uma música.

Existem muitas teorias sobre o assunto. Alguns pesquisadores dizem que as músicas-chiclete são como aqueles pensamentos que queremos evitar ou “deletar” da nossa mente: quanto mais tentamos não pensar sobre a coisa, mais pensamos. Aff! É irritante, não é? E também tem os que afirmam que os vermes de ouvido são apenas uma forma de manter o cérebro ocupado quando ele está ocioso. Muitas teorias? É. E também muitos nomes para o fenômeno: de "repetunitis" a "melodiamania".

Veja só que descoberta interessante: cerca de 99% das pessoas já foram vítimas do fenômeno uma vez ou outra. E mulheres, músicos e pessoas neuróticas, cansadas ou estressadas são mais propensos aos ataques dos vermes de ouvido. Mas o professor James Kellaris, autor da pesquisa, está em cólicas para descobrir o motivo pelo qual as mulheres são mais suscetíveis aos earworms...rs.

E por que algumas canções grudam mais que outras? Os pesquisadores ainda não descobriram, mas o fato é que todos temos uma música que nos deixa loucos: 74% das pessoas é pega por músicas com letras, 15% por jingles publicitários e 11% por músicas instrumentais.

De acordo com a matéria, não existe forma testada e comprovada de tirar uma música-chiclete da cabeça depois que ela está alojada. Elas podem martelar nosso cérebro por poucos minutos ou por dias a fio - tempo bastante para deixar qualquer pessoa mentalmente saudável batendo pino. A maioria dos earworms vai embora por conta própria, mas se uma canção estiver enchendo o seu saco ao ponto da insanidade, tente uma das dicas abaixo:

1. Cante outra canção, ou toque outra melodia ou instrumento. Mude para uma atividade que o mantenha ocupado, como malhar.

2. Ouça a canção inteira (isso funciona para algumas pessoas, principalmente para aquelas que se lembram apenas de parte da música que está grudada).

3. Ligue o rádio ou o CD para que o cérebro sintonize outra canção.

4. Compartilhe a canção com um amigo (mas não se surpreenda se a pessoa virar um ex-amigo quando ele ou ela for embora cantarolando a melodia).

5. Visualize o earworm como uma criatura real de arrastando para fora da sua cabeça,e depois imagine-se pisando nele.

Não se preocupe se as músicas continuarem grudadas na sua cabeça. Não há nada de errado com você. Mas, se você começar a ouvir a música, em vez de apenas pensar nela, procure um psicólogo ou ajuda de um psiquiatra. Pode ser um sinal de endomusia - um tipo de pensamento obsessivo em que as pessoas ouvem canções que não estão sendo tocadas.

Não, ainda não cheguei a esse ponto...rs. Gente, na boa. Sempre tento as alternativas 1, 2, 3 e 4. De nada adianta. Tudo em vão. Mary Dutra continua minha amiga e já se acostumou a ouvir “No Boteco do Helio”. Até assobia também de vez em quando...rs. Já o Mauricio, quase teve um ataque ontem. Durante horas assobiei “Three To Get Ready”. Ué, não tenho culpa! A culpa é dos earworms! E sou mulher! E estava estressada!!! rsrsrsrs...Se o tal do professor James Kellaris sabe de minha existência...

Leia matéria completa em
http://saude.hsw.uol.com.br/musicas-grudam-na-cabeca.htm