E POR FALAR EM MERCADO CULTURAL DA PRAÇA XV....

Adoro surpresas! E neste sábado eu tive gratíssimas surpresas! Ô coisa boa! Como vocês já leram no post aí de cima, eu fui ao Mercado Cultural da Praça XV. Pois é. Eu e minha irmã caçula, a Telma. Estava na casa dela, na cidade maravilhosa. Aí, o Rudy me fez o convite. E lá fomos nós. Mas eu não esperava me surpreender tanto....

Primeiro, pelo Varal Fotográfico. Maravilhoso! Segundo, pela oportunidade de conhecer alguns dos melhores fotógrafos do Rio de Janeiro. Terceiro, por poder apreciar produtos feitos à mão, confeccionados em pano, madeira, palha, pedras, couro, metal, enfim. Uma variedade imensa de texturas, formas, cores e detalhes, criados por artesãos de várias partes desse Brasil imenso, principalmente do Rio de Janeiro. E ver tudo isso ouvindo música de qualidade, ao vivo e em cores. E ainda poder comer bem também, já que ali se encontram ótimos restaurantes e bares que oferecem cardápio variado e comida deliciosa, além da cervejinha geladérrima e de petiscos especiais..rs.

Chegamos cedo. Antes de começar o movimento, eu e Telma resolvemos dar uma circulada pelas redondezas. Entramos no Arco dos Teles e nos deparamos com uma “galera” e vários equipamentos de filmagem. E lá fui eu, “assuntar”. Eles iam gravar cenas para um filme. Um filme que fala sobre o Rio de Janeiro. No elenco, Gregório Duvivier, Alicia Assef, Arthur Murfhy e Luciano Salles. Participação especial de José Wilker, Sergio Loroza e Babu Santana. Roteiro e direção de Julio Secchin. O filme ainda não tem título definido e estreará em festivais em 2010. Nos cinemas, só em 2011. E mais não posso falar...rs. Foi um momento muito legal.

Algumas horas depois, lá estávamos nós (eu minha maninha caçula) circulando pelo Mercado Cultural, de uma barraca para outra, enlouquecidas com tanta coisa bonita, quando de repente ouço um som de bandolim. Tem chorinho na área! E lá fui eu....rs.

Segui meus apurados ouvidos e me deparei com um violão sete cordas, dois cavacos, um bandolim, flauta e pandeiro. Pedi André do Sapato Novo. Eles tocaram. Pedi Noites Cariocas. Eles tocaram. E de uma só vez, pedi: Delicado, Flor Amorosa, Um a Zero, Urubu Malandro...Eles riram e então, começamos a conversar. Perguntei o nome do grupo. Não era um grupo. Eles se encontraram por acaso.

- Estávamos passando por aqui e nos encontramos.
- Legal. Uma roda de choro sem querer..
- Pois é. Estávamos numa roda que acontece todo sábado de manhã, no Bandolim de Ouro, e depois viemos para cá. O encontro foi por acaso. Nós três somos dos Novos Chorões.
- Novos Chorões? Eu sempre divulgo as apresentações de vocês no meu blog!!! É um prazer conhecer vocês pessoalmente! Que espetáculo!

E aí, o papo rendeu..rs. Trocamos idéias, telefones e emails. E foi assim que eu conheci Geovani Nobre (cavaco), Felipe Elis (pandeiro), Ronaldo Rodrigues (bandolim), Tadeu (cavaco), Gabriel Otoni (sete cordas) e Tainá (flauta). Geovani, Felipe e Ronaldo são integrantes do grupo Novos Chorões. Tadeu, Gabriel e Tainá são chorões. Alguns já passaram pela EPM – Escola Portátil de Música. Outros, pelo Villa Lobos. E todos são jovens. Muito jovens.

Por tudo isso, posso afirmar que o sábado foi maravilhoso, especial e surpreendentemente agradável. E é por poder sempre conhecer pessoas diferentes, por valorizar e amar a música (especialmente o chorinho), o artesanato, as fotografias, o azul do céu, o calor do sol e a simplicidade da vida, é que vou continuar sempre cantando e sentindo de verdade que... é a vida, é bonita e é bonita!!! Viver, e não ter a vergonha de ser feliz/Cantar e cantar e cantar, a beleza de ser uma eterna aprendiz!

O esperado é nada diante do inesperado!

Sempre!

E esse é o grande barato da vida!!!

Em tempo e a quem interessar possa: a roda de choro do Bandolim de Ouro (Rua Marechal Floriano – Centro do RJ) acontece todo sábado, das 9 horas ao meio-dia.