sábado, 13 de junho de 2009

“VOLTANDO A VIVER”

Por João Luís de Almeida Machado



“Voltando a Viver”, filme dirigido e estrelado pelo talentoso Denzel Washington (astro de “Tempo de Glória”, “Malcolm X”, “Um Grito de Liberdade”, “Filadélfia” e tantos outros sucessos) nos conta a história de um jovem que colocava como obstáculo a seu sucesso a infeliz história familiar durante sua infância. Se refletirmos a respeito dessa situação, verificaremos que tanto psicólogos quanto psiquiatras, passando por psicopedagogos, educadores e outros estudiosos atentos às relações familiares e sua influência na formação de uma criança, dizem que essa etapa (a infância) sedimenta atitudes perante a vida, sentimentos em relação às outras pessoas, postura diante de problemas, caráter, predisposição para o trabalho e para o estudo.



Isso poderia, sem sombra de dúvidas, justificar a revolta de muitas pessoas perante a vida, inclusive serve de explicação para todo o rancor do personagem central de “Voltando a Viver” (história verídica, diga-se de passagem). E daí? O que fazer?



Diagnosticado o problema, qual o encaminhamento a ser dado num caso como esses? Os educadores que se defrontam com situações em que determinados alunos têm rendimento abaixo do normal, atitudes agressivas em sala de aula, dificuldades de socialização ou mesmo que se recusam a participar das atividades e projetos propostos, devem simplesmente encaminhar o problema para orientadores educacionais, psicólogos ou psicopedagogos?




A princípio diria que esse apoio é fundamental. Psicólogos, psiquiatras, psicopedagogos e orientadores educacionais são profissionais que estudaram e se especializaram nessa importante área de atuação, que conhecem casos semelhantes, que já realizaram trabalhos relevantes na recuperação da auto-estima e da confiança de outras crianças ou adolescentes.




Os professores, entretanto, não devem se esquivar desse trabalho, a ser realizado em parceria com outros profissionais. Mesmo porque a atuação clínica de terapeutas, mesmo que em bases regulares (2 ou 3 consultas por semana), tem que contar com o suporte e a colaboração de pais e professores para verdadeiramente se efetivar. Somente assim existe a possibilidade real de recuperação do paciente/aluno.



http://projetomuquecababys.wordpress.com/2009/06/04/voltando-a-viver-2/

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