terça-feira, 3 de julho de 2007

HOMENS X MULHERES




Os homens nunca deixam de ser crianças, por isso são menos estressados que as mulheres. Quando se tornam adultos, mudam algumas brincadeiras, mas continuam se divertindo e quebrando a sisudez da vida rotineira. Mesmo barbudos, assistem desenhos animados, jogam bola com os amigos, se entretêm com os joguinhos do celular, viajam para pescar, desafiam personagens imaginários na rede de computadores e dão gargalhadas com piadas bestas. Não se importam se a roupa não está combinando, se não deu para almoçar, se a torneira de casa está pingando ou se já está tarde demais para assistir televisão.


Já as mulheres, quando praticam esporte em equipe, saem para caminhar, na verdade, conversar. Falam sobre trabalho, empregada, filhos, problemas no relacionamento etc. Aliás, estão sempre incomodadas com algo. Parece que carregam toda a responsabilidade do mundo nas costas.



Foram criadas para serem certinhas, responsáveis e cuidadoras. E, desde cedo, reprimem a criança dentro de si. Devíamos resgatá-la, viver o hoje sem nos preocuparmos com o amanhã, fazer tudo que tivermos vontade, sem medir as conseqüências. Devíamos riscar a palavra pla-ne-ja-men-to do dicionário feminino. Temperar o dia com menos responsabilidades e mais vicissitudes. Adotar o Jogo do Contente e experimentar um pouco de Carpe Diem.



Devíamos deixar o guarda-chuva em casa, o trabalho no trabalho e os problemas voarem pela janela do carro a 100 quilômetros por hora.



Devíamos vestir a saia de chita de Carlos Drummond de Andrade, brincar na enxurrada e passear sem destino. Esquecer o relógio, o celular e não mais precisar deles.



Devíamos resgatar a simplicidade da vida, a ingenuidade infantil e, é claro, acordar no dia seguinte sem ressaca.



Cristina Xavier de Almeida

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