Já as mulheres, quando praticam esporte em equipe, saem para caminhar, na verdade, conversar. Falam sobre trabalho, empregada, filhos, problemas no relacionamento etc. Aliás, estão sempre incomodadas com algo. Parece que carregam toda a responsabilidade do mundo nas costas.
Foram criadas para serem certinhas, responsáveis e cuidadoras. E, desde cedo, reprimem a criança dentro de si. Devíamos resgatá-la, viver o hoje sem nos preocuparmos com o amanhã, fazer tudo que tivermos vontade, sem medir as conseqüências. Devíamos riscar a palavra pla-ne-ja-men-to do dicionário feminino. Temperar o dia com menos responsabilidades e mais vicissitudes. Adotar o Jogo do Contente e experimentar um pouco de Carpe Diem.
Devíamos deixar o guarda-chuva em casa, o trabalho no trabalho e os problemas voarem pela janela do carro a 100 quilômetros por hora.
Devíamos vestir a saia de chita de Carlos Drummond de Andrade, brincar na enxurrada e passear sem destino. Esquecer o relógio, o celular e não mais precisar deles.
Devíamos resgatar a simplicidade da vida, a ingenuidade infantil e, é claro, acordar no dia seguinte sem ressaca.
Cristina Xavier de Almeida
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