Acabei de encontrar com um amigo que não via há algum tempo. Fui comprar coisas gostosas para beliscar entre um DVD e outro e nos encontramos. Ao perguntar como andava a vida, ele me olhou com o olhar meio que distante e o semblante triste.
- Caminhando. Fiz uma besteira e estou pagando por ela – ele respondeu.
Fiquei sem saber o que fazer, mas consegui perguntar se ele queria conversar. Fomos tomar um café. Entre um café e outro, meu amigo fez confidências. A maior de todas foi em relação ao casamento. Então ele me disse.
- Caminhando. Fiz uma besteira e estou pagando por ela – ele respondeu.
Fiquei sem saber o que fazer, mas consegui perguntar se ele queria conversar. Fomos tomar um café. Entre um café e outro, meu amigo fez confidências. A maior de todas foi em relação ao casamento. Então ele me disse.
- Sabe Nice, é como um cara disse num filme que vi outro dia: pior que perder a mulher certa por medo de encarar o relacionamento, é casar com a mulher errada por medo da solidão. E foi isso que aconteceu comigo. Por medo de ficar sozinho casei com a mulher errada. E criei coragem para me separar. E agora estou sozinho. E não sei se vou voltar a encontrar uma mulher como a que perdi. Por tolice, por medo de ter uma mulher tão maravilhosa ao meu lado, por imaturidade.
- E por que você não procura por ela?
- Porque outro homem percebeu a mulher maravilhosa que ela é e casou com ela. E ela está feliz. Perdi a oportunidade de ser feliz e de fazê-la feliz. Dancei. Já era. Foi. E, na verdade, nunca consegui esquece-la. Mas agora é tarde. E achar uma mulher como ela é procurar agulha no palheiro.
- Porque outro homem percebeu a mulher maravilhosa que ela é e casou com ela. E ela está feliz. Perdi a oportunidade de ser feliz e de fazê-la feliz. Dancei. Já era. Foi. E, na verdade, nunca consegui esquece-la. Mas agora é tarde. E achar uma mulher como ela é procurar agulha no palheiro.
- O que ela tinha de tão especial?
- Primeiro, o fato de me amar de verdade. E ela era companheira, amiga e meio maluquinha. Depois, o que a tornava muito especial, era a maneira como me tratava. Nunca ninguém me tratou com tanto carinho, com tanta admiração, com tanta dedicação. Ela me surpreendia sempre. E cuidava de mim. Ela se importava de verdade comigo.
- Primeiro, o fato de me amar de verdade. E ela era companheira, amiga e meio maluquinha. Depois, o que a tornava muito especial, era a maneira como me tratava. Nunca ninguém me tratou com tanto carinho, com tanta admiração, com tanta dedicação. Ela me surpreendia sempre. E cuidava de mim. Ela se importava de verdade comigo.
- E por que então não ficou com ela? Por que você tinha medo? Do que você tinha medo?
- Eu tinha medo da responsabilidade. Eu tinha medo do compromisso. Eu tinha medo de não dar certo. De tudo se perder com o tempo. E o tempo me ensinou o que é amar de verdade. Amor. Isso era o que ela sentia por mim. E eu não retribuí. Eu só recebia. Não cuidei dela como ela cuidava de mim. Não cuidei de nosso relacionamento. Nunca fiz uma surpresa para ela. Na verdade Nice, nunca fiz nada por ela e para ela. Tentei fazer isso com minha mulher. Mas minha mulher é diferente. Muito. E agora estou me separando. Prefiro ficar sozinho.
- Eu tinha medo da responsabilidade. Eu tinha medo do compromisso. Eu tinha medo de não dar certo. De tudo se perder com o tempo. E o tempo me ensinou o que é amar de verdade. Amor. Isso era o que ela sentia por mim. E eu não retribuí. Eu só recebia. Não cuidei dela como ela cuidava de mim. Não cuidei de nosso relacionamento. Nunca fiz uma surpresa para ela. Na verdade Nice, nunca fiz nada por ela e para ela. Tentei fazer isso com minha mulher. Mas minha mulher é diferente. Muito. E agora estou me separando. Prefiro ficar sozinho.
Fiquei sem saber o que falar. Pra dizer a verdade, eu tinha muito que dizer. Mas não era hora. E ele já sabia. Ele estava bem consciente. E triste. E só.
Nice Pinheiro
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