...é sempre atual a magnífica definição de história que nos deixou Tristão de Athayde:
- "O passado não é o que passou. É o que ficou do que passou. "
Relembrar a história é não deixar que ela se torne uma bolha de sabão. Contada, reiluminada, ela estará sempre aí, adubando o tempo.
Por isso criei o blog do Nós Nas Cordas. O Nós Nas Cordas, primeiro grupo de choro em toda a história de Resende, não vai virar uma bolha de sabão. Sua história já estava registrada em minha mente, minha alma e em meu coração. Agora ela fica registrada neste blog.
Acompanhei a gestação, fiz o parto, ajudei o Nós Nas Cordas a vir ao mundo. Acompanhei todas as suas fases, desde a concepção até os dias de hoje.
O Nós Nas Cordas tem uma importância ímpar para mim. Sou mãe deste grupo. E me recuso a permitir que ele definhe, muito menos que ele morra. No que depender de mim, este grupo se manterá vivo e criará herdeiros. E os herdeiros serão os futuros chorões desta cidade e os futuros grupo de chorinho. Não desisto nunca do que amo. E eu amo o Nós Nas Cordas.
Amo meus meninos, os chorões guerreiros que insistem em manter viva a paixão pelo choro e que valorizam o dom que Deus lhes deu. Para eles, o prazer de ver nascer um chorão, de ver o sorriso no rosto de quem escuta o choro pela primeira vez, o prazer de tocar seus instrumentos e o amor pelo que fazem, é maior do que qualquer pagamento.
São homens que amam o que fazem. São homens que não desistem. São homens que não entregam os pontos, por mais adversidades que surjam. E se por algum motivo tiverem que deixar o grupo, será por mudança de cidade, devido à uma transferência, ou por doença, ou por uma impossiblidade inesperada. Nunca por covardia, por estrelismo, por inadequação de convívio com outros integrantes do grupo ou pela falta de pagamento a altura do trabalho que produzem. O amor está na alma e no coração.
Os corajosos resistem. E, na maioria das vezes, vencem. Os covardes, renunciam. E quase sempre, perdem.
Grande João Paulo. Grande Zeca. Enquanto vocês estiverem saudáveis e em Resende, este grupo sobreviverá. E enquanto eu estiver viva, este grupo viverá! Nem que eu precise trazer músicos de outras cidades!
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