Dirigido por Carla Gallo, filme acompanha mulheres que praticaram aborto e chega hoje aos cinemas do Rio de Janeiro.
O aborto continua um tema polêmico no país e sua discussão, que já chegou ao Supremo Tribunal Federal no caso dos fetos anencéfalos, ganha mais um capítulo com a estréia, nessa sexta-feira (19), no Rio de Janeiro, do documentário "O aborto dos outros".
O filme, dirigido pela estreante Carla Gallo, acompanha a história de várias mulheres que praticaram o aborto, legal ou ilegalmente. São pessoas humildes, incluindo crianças, atendidas pela rede pública de saúde, que enfrentam muitas dificuldades e sofreram muitas pressões durante todo o caminho que percorreram.
Entre as entrevistadas estão, por exemplo, uma menina de 13 anos que aguarda ao lado da mãe, num quarto de hospital, a interrupção da gravidez concedida judicialmente. Mas também há aquelas que não são amparadas legalmente e recorrem a abortos clandestinos.
Escolhas
Mas "O aborto dos outros" não é apenas sobre isso. No fundo, esse é um documentário sobre a liberdade de se fazer opções e a conseqüência das escolhas. Fotografado pelo veterano Aloysio Raulino e montado pela competente Idê Lacreta, o filme traça um retrato delicado não só de questões pertinentes ao universo feminino, mas da sociedade como um todo.
De acordo com a Organização Mundial de Saúde, entre 70 mil e 80 mil mulheres morrem todos os anos por causa de abortos praticados sem segurança --sendo que 95% das mortes acontecem em países em desenvolvimento, como o Brasil. A legislação brasileira, que permite a interrupção de gravidez em alguns casos, é da década de 1940.
Em maio passado, a Comissão de Seguridade Social e Família da Câmara rejeitou por unanimidade um projeto de 1991 e que descriminalizava o aborto. Pouco tempo depois, a Comissão de Constituição, Justiça e de Cidadania (CCJ) da Câmara dos Deputados também votou contra a proposta.
Exibido em diversos festivais, "O aborto dos outros" recebeu menção honrosa no É Tudo Verdade deste ano.
'O aborto dos outros'
Unibanco Arteplex
Sala 3: 17 horas
Praia de Botafogo 316
Botafogo, Rio de Janeiro
Tel.: (0xx21) 2559-8750
De sexta-feira à domingo e feriados, R$ 16.
Segunda, terça e quinta-feira, até 17h, R$ 12, após 17h, R$ 14.
Quarta-feira o dia todo R$ 10.
Espaço Museu da República
Rua do Catete 153
Catete, Rio de Janeiro
Tel.: (0xx21) 826-1850
www.uol.com.br/museurepublica/
R$ 8 de segunda a sexta-feira, exceto feriados.
R$ 9 aos sábados, domingos e feriados.
Maiores de 60 anos e menores de 12 anos, pagam meia entrada em todas as seções.
O aborto dos outros
14h, 16h, 18h, 20h.
Fonte: 3º Setor
2 comentários:
Este vídeo foi feito para fomentar uma maior aceitação social das crianças na Alemanha. Foi realizado por diversos meios de comunicação privados, dentro de uma campanha que contou com o apoio de personalidades da vida pública, apresentadores de televisão e esportistas que não cobraram cachê pela sua participação. Também receberam o apoio de importantes grupos editoriais e financeiros. Desde a liberalização do aborto no país os dados oficiais falam de quatro milhões de abortos, e não é leviano dizer que a cifra real seja o dobro. Este clima tem provocado que as crianças sejam valorizadas como um efeito não desejado do prazer sexual. Curiosamente, depois da campanha, a natalidade tem crescido na Alemanha. O vídeo é emocionante. Olha aquí: http://es.youtube.com/watch?v=pJtlrYmZe6Y
Santiago Chiva (Granada, Espanha)
Obrigada Santiago. Lindo vídeo, emocionante mesmo. Adorei.
abraços
Nice Pinheiro
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