domingo, 21 de setembro de 2008

A TARDINHA....

Depois de um belo almoço no Dó-Ré-Mi, fomos dar uma volta e retornamos à Vila Antiga. Agora, no Café, Fred e Juarez contariam histórias e curiosidades sobre o choro, o samba, a bossa-nova e etc, e interpretariam as músicas. Quando chegamos, estavam somente os dois e o pandeiro. Pouquíssimas pessoas nas mesas. E enquanto saboreava um delicioso café, as pessoas iam aparecendo e se acomodando.



Não bastasse a emoção de entregar o diploma de medicina à filha, Juarez satisfez o desejo de sua jovem médica: cantou Filho Meu. Violão e voz na cerimônia de formatura da filhota. Depois da história, a música. Ao terminar de tocar, Juarez estava todo arrepiado. E eu idem. Fiquei emocionada...rsrs

Os músicos também iam chegando e se acomodando. O Café já estava ficando pequeno demais para tanta gente. Todos atentos aos "causos". Déo Rian chegou. E mais um pandeiro. E mais um violão seis cordas. Fred descansa a flauta e um cavaquinho surge em suas mãos.





"Paulo Soledade esteve muito doente, chegando a ficar na UTI, entre a vida e a morte, mas felizmente conseguiu reagir e foi para o quarto. Num sábado pela manhã, a esposa foi visitá-lo. Pegou-lhe pelo braço e levou-o a caminhar pelo pátio. Paulinho ficou observando o sol, as flores, a natureza. Encantado, ao voltar ao quarto pediu que a esposa lhe arrumasse papel e lápis e escreveu tudo que sentiu durante aquele breve passeio matinal. Tempos depois, remexendo seus papéis, encontrou aquele. Depois de ler, fez a letra. E depois a música. E assim surgiu..."Vê, estão voltando as flores/Vê, esta manhã tão linda, Vê como é bonita a vida, Vê, há esperança ainda...."
E o público canta com os músicos...

Lourenço, um jovem de 21 anos e estudante de cavaco há apenas um, entra na roda e toca "Pedacinho do Céu". E "Doce de Côco".
"O Brasil dispôs de dois grandes melodistas: Pixinguinha e Tom Jobim. Chega de Saudade já tinha harmonia pronta. João Gilberto chega e mostra a Tom, a batida sincopada da bossa nova. Tom Jobim, então, tem uma idéia: João, toca minha música com a sua batida...Aí Vinícius chega e coloca a letra. Elizeth Cardoso grava Chega de Saudade e é um sucesso."
E os "causos" vão surgindo espontâneamente, de acordo com as lembranças e vivência de cada um. É claro que aqui estou resumindo. Lógico que eles contam com riqueza de detalhes e com os trejeitos deles. Arrancam gargalhadas, sorrisos ou provocam olhos cheios d'água e pele arrepiada. E as músicas vão chegando... E o público acompanhando. É tudo de bom!




Agora já são uns três ou quatro violões de seis cordas, um de sete, dois pandeiros, dois cavacos, um bandolim e alguns instrumentos de percussão. João Paulo, o nosso JP, entra na roda. Com Deó Rian, "Corta Jaca". Agora são dois violões de sete cordas.
Fabio Brunelli ia adorar a história de Folhas Secas. Fábio, vá a Conservatória!!! rsrs...
Déo Rian faz apresentação dia 2, na Sala Cecília Meireles, no Rio de Janeiro. Assim que ele enviar as informações, eu divulgo, tá? Gente, será imperdível!


É tudo poético, mágico e surpreendente.
Conservatória e seus chorões são simplesmente fantásticos...
Mais um desses momentos inesquecíveis que a vida nos proporciona.
Mais um dos simples prazeres da vida.
Mais um dia feliz em minha vida...

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