Da Redação
A Corregedoria da Polícia Civil de São Paulo concluiu que o jornalista Roberto Cabrini foi vítima de uma armação em 2008, quando foi preso por tráfico de drogas. Na época, o jornalista fazia uma reportagem sobre o tema e foi encontrado com dez papelotes de cocaína no interior de seu carro. De acordo com a Corregedoria, a droga foi “plantada” no carro do repórter - e atual apresentador do programa Conexão Repórter - do SBT. Segundo a Corregedoria, seis policiais, um delegado, uma comerciante e um empresário estariam envolvidos na armação.
De acordo com investigações, o empresário Oscar Maroni, dono da boate Bahamas - e preso por manter uma casa de prostituição - é apontado como um dos suspeitos pela armação contra o jornalista. Segundo o relatório da Corregedoria, a prisão de Cabrini seria uma retaliação contra matérias sobre a casa de prostituição do empresário.
“Evidente que essa matéria custou-lhe um preço alto, como uma ferida que se cura, mas fica a cicatriz”, diz o relatório da Corregedoria.
Cabrini foi preso ao lado de Nadir Dias da Silva, que procurou o jornalista com denúncias de envolvimento de policiais com o PCC (Primeiro Comando da Capital). O relatório diz que a comerciante comprou a droga e havia negociado a prisão de Cabrini com o delegado Edmundo Barbosa, chefe do 100º DP.
A inocência do jornalista foi concluída após contradições nos depoimentos de Nadir, dos policias e delegado envolvidos. Houve também o testemunho de um policial do próprio distrito que contou detalhes de como foi planejada e executada a armação. A identidade deste policial é mantida
"Fui vítima da banda podre da polícia, que foi alvo das minhas denúncias", disse Cabrini à Folha de S.Paulo. Sobre Oscar Maroni, Cabrini afirmou que o empresário se incomodou com suas reportagens.
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