EU VOTO SIM!

Acabei de chegar. Fui votar. Adoro votar. Faço questão de exercer minha cidadania. E lembro de todos os candidatos em quem votei. Não voto por votar. Nunca. Não anulo meu voto e muito menos voto em branco. É meu direito, e faço questão de preservá-lo e exercê-lo.

Muitas pessoas reclamam porque aqui no Brasil o voto é obrigatório. Se não fosse, com essa falta de patriotismo e de consciência, quase ninguém votaria. E como seria? Consciência é tudo na hora do voto. Lembro bem quando Collor foi candidato à Presidência da República. Rico, bonito, inteligente e elegante. Pilotava avião, lancha, enfim. Falava fluentemente o inglês e, não me recordo bem, talvez outros idomas. Estudou nas melhores escolas. Uma fluência verbal esplêndida. O poder de persuasão não era diferente. Currículo invejável! A maioria das mulheres votou no homem por um motivo apenas: a beleza física. Me poupe! Olha no que deu! O resultado nós vimos e sentimos na pele e no bolso.

A política em si é fantástica. Mas, notem bem: a política, não a politicagem. Foi-se o tempo da política, dos verdadeiros políticos. Assim como o futebol arte se foi há muito tempo. Morreu em Pelé, Garrincha, Jairzinho, Tostão e outros jogadores de verdade. A política de verdade se foi com Ulisses Guimarães, Tancredo Neves, Juscelino, enfim. Restam poucos. Muito poucos.

Aqui no Brasil, o pluripartidismo* faz a festa de muitos "políticos". E é assim que eles conseguem acesso aos altos cargos políticos. Por isso sou a favor da fidelidade partidária e totalmente contra o pluripartidismo. A "dança das cadeiras" após cada eleição, é nociva e nojenta.

Em Resende, a votação de hoje corre tranquila e serena. Não haverá segundo turno, pois temos menos de 200 mil eleitores. Uma cidade em crescimento acelerado. Nos últimos quatro anos nosso município cresceu a olhos vistos. E muito. E depois de oito anos completamente inertes, sem nada construir, sem nenhum investimento na educação, na saúde, no transporte, enfim. Fábricas fecharam. O desemprego instalou-se na cidade. As escolas funcionaram em condições precárias. Agonizando. E o que vemos hoje em Resende? O crescimento! O renascimento de uma cidade. Indústrias chegando, comércio em franca expansão, escolas contruídas e muitas outras reformadas, Universidades, Cursos Técnicos, hospital público com muitos equipamentos de última geração, Centro de Fisioterapia, enfim. Seriam preciso muitas páginas para descrever e detalhar tudo que foi feito de 2005 até agora. Mas esse crescimento terá continuidade? Ou voltaremos ao marasmo, à inércia política e financeira, ao descaso com a população e com nossa cidade? Pois é. Vamos aguardar o resultado. Afinal, cada povo tem o governo que merece. Vamos ver quem o povo de Resende escolheu para governar o município por mais quatro anos. Neste momento, sou adepta daquela célebre frase: "Em time que está ganhando não se mexe". Mas, sabe como é....Nem todos pensam assim. A maioria vota em seu próprio benefício, e jamais pensando no benefício coletivo. Danem-se os outros! Farinha pouca, meu pirão primeiro.....E aí, vem quatro anos de estagnação....Agora, resta aguardar.

Para mim, como profissional, independe quem ganhe. Sou funcionária pública concursada e minha obrigação é trabalhar correta e honestamente, esteja quem estiver no governo. Profissionalismo acima de tudo. Sou paga para trabalhar. Continuarei a desenvolver meu trabalho com a mesma paixão, porque amo o que faço e porque assumi um compromisso a partir do momento em que ingressei no serviço público. Não sou funcionária pública porque alguém me colocou lá. Fiz concurso e passei. Meu compromisso é comigo mesma. Com minha consciência e responsabilidade profissional. E com o povo, pois é para ele que trabalho, assim como todos os funcionários públicos, concursados ou não. Mas, como cidadã, tenho direito de votar em quem acredito ter mais qualificações para assumir o cargo. Tenho direito de escolher meu candidato. Aquele que trará benefício para a cidade e para o povo. Aquele que trabalhará em pról do desenvolvimento, do crescimento e da evolução. E este direito ninguém me tira. É meu.

Não nasci nesta cidade. Como na música de Ana Carolina, "vim parar nesta cidade por força das circunstâncias". Mas me considero uma cidadã Resendense. São 20 anos aqui. E durante esse tempo, nunca vi esta cidade crescer como estou vendo, ao vivo e em cores, nestes últimos quatro anos. Escolhi Resende para viver. E por isso minha responsabilidade é enorme na hora de votar. Porque quero viver numa cidade que ofereça qualidade de vida. Porque amo Resende. Porque quero ver Resende crescer mais ainda. Muito mais!

Assim que o resultado sair divulgarei aqui neste espaço. Meu espaço. Onde posso exercer meu direito à livre expressão, de acordo com o artigo 5º da Constituição Federal.

“IV - é livre a manifestação do pensamento, vedado o anonimato”;

“IX - é livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação, independentemente de censura ou licença”.
O direito de crítica pública caracteriza-se como o direito subjetivo público de formação e expressão de juízos críticos sobre pessoas, idéias, ações ou omissões cujas circunstâncias em que se apresentem permitam inferir sobre o caráter público ou evidência social das mesmas. Legalmente, é garantido pela Lei de Imprensa, como causa justificadora do exercício da liberdade de manifestação do pensamento e da informação: “Não constituem abusos no exercício da liberdade de manifestação do pensamento e da informação” (Lei 5.250/67).

* A palavra "pluripartidarismo" significa, de fato, pluraridade de partidários, enquanto a palavra pluripartidismo significa a pluraridade, ou existência, de vários partidos políticos.

Nice Pinheiro