domingo, 14 de outubro de 2007

O CASAMENTO DO MEU MELHOR AMIGO...AMOR DE VERDADE OU AMOR PRÓPRIO FERIDO?

por Nice Pinheiro
Acabei de assistir, pela milésima vez (rsrsrs), “O Casamento do Meu Melhor Amigo”. Comédia romântica deliciosa!





Jules e Michael se conhecem há nove anos. Após um breve romance ficaram amigos. Michael foi apaixonado por Julie este tempo todo. Estava sempre ao lado dela, sempre disponível para tudo e a qualquer momento. Transavam, pelo menos, duas vezes por ano. Julie vivia a vida dela, não queria assumir compromisso e era cômodo e confortável saber que Michael estava sempre perto quando precisasse. Além de fazer um bem enorme ao seu ego, é claro!






Michael e Jules


Um belo dia, Michael liga para Julie dizendo que ia casar e que gostaria que ela fosse sua madrinha, já que era sua melhor amiga. Julie entrou em pânico ao perceber que estava perdendo o "grande amor" de sua vida. Isso mesmo, ela só percebeu que ele era o homem da vida dela quando viu que ia perdê-lo. Desesperada ligou para George (aliás, todas as mulheres deveriam ter um George na vida!). George tentou fazer de tudo para que ela desistisse de acabar com o casamento de Michael e Kimmy.


- Ele foi apaixonado por mim durante nove anos George! Ele é o homem da minha vida! Não vou deixar que ele me escape assim! – disse Julie.


Finalmente, depois de aprontar todas e vendo que não lhe restava outra alternativa, resolveu seguir o conselho de George: “diga que o ama”. Mas ele também avisou que mesmo assim, Michael escolheria Kimmy.


George


Após muita confusão, Jules se declara: “Michael eu te amo. Te amei por nove anos. Só fui muito arrogante e medrosa”, e beija Michael. Kimmy vê tudo e sai correndo. Michael sai correndo atrás de Kimmy. Jules sai correndo atrás de Michael. Liga para George, conta o que aconteceu e ainda joga a culpa de tudo nele, pois ela simplesmente seguiu seu conselho! George, tranqüilamente lhe diz: “Kimmy está correndo, Michael está atrás dela e você está atrás dele?”. “Sim”, responde Jules. “E quem está correndo atrás de você? Ninguém, percebeu? Faça o que tem que ser feito”, disse o sábio e paciente George.


Finalmente, tudo esclarecido e confessado, o casamento acontece. George aparece na cena final, minha preferida...”Talvez não haja casamento. Talvez não haja sexo. Mas, com certeza, haverá muita dança!”


O filme é delicioso e sempre me provoca arrepios e lágrimas. Fazer o que? Sou muito romântica e sensível mesmo, oras! Sou mesmo! E adoro ser assim!

Jules e Kimmy

Por outro lado, fica bem claro muita coisa. Na cena da barca, Jules e Michael conversam e ele diz que Kimmy sempre falou da importância de dizermos a outra pessoa que a amamos.
“Kimmy sempre diz que devemos dizer eu te amo sempre que sentirmos vontade. Se não falarmos no momento, o tempo certo passa e tudo fica para trás”. É mais ou menos isso que eles dizem no filme. E é verdade. Também sempre pensei assim. A diferença é que sempre falei. Sou como Kimmy.




Jules só se deu conta do amor que sentia por Michael quando viu que ele não poderia mais estar ali ao seu lado, sempre que fosse preciso. Seria amor de verdade? Ou era o sentimento de perda? Afinal, perder o amor de alguém que sabemos que nos ama muito, deve doer mesmo, não é? Pois é. “Te amei por nove anos. Só fui arrogante e medrosa”, disse Jules. Só que Michael cansou de amar e não ser amado. Só que Michael encontrou quem lhe amasse de verdade. A arrogância e o medo de Jules permitiram o encontro de Michael e Kimmy.





Michael não tinha medo de ser feliz e encontrou Kimmy, que era corajosa o suficiente para assumir seus sentimentos e tentar ser feliz com o homem que amava.


Michael casou com Kimmy. Jules ficou sozinha. Será que aprendeu a lição? Será que aprendeu a amar? A não pensar em si própria o tempo todo? “Ele está sempre comigo. Não precisamos ficar juntos. Quando preciso dele, ele vem. Seja para sexo, para conversar, ou para fazer alguma coisa para mim”.


Se Jules continua pensando assim, provavelmente está e ficará sempre sozinha. Michael e Kimmy devem estar curtindo a vida que escolheram. Juntos. Por opção. Por amor. Optaram por uma vida a dois de verdade e não por uma vaga brincadeira de casinha de vez em quando.



Suponhamos que o filme tivesse outro final. Michael e Jules juntos.

O que Jules faria depois? Bem, acredito que ela transaria ardentemente com Michael por uns dois dias. Depois voltaria a vidinha e ao mundinho dela e colocaria Michael na mesma situação. Em banho-maria. Era ali que ele tinha que ficar. Sempre pronto a atendê-la em suas necessidades. Afinal, dificilmente Kimmy aceitaria Michael de volta. Michael talvez nunca mais encontrasse outra Kimmy em sua vida. O que você acha que aconteceria?
O mundo está repleto de Michael, Kimmy e Jules. Quem você é?








Um comentário:

Anônimo disse...

Jô Poetisa

Quem eu SOU? A Jô... Muito prazer!

Apesar da brincadeira, sou uma pessoa que não gosto muito de comparações, porque sei que cada um é um, cada ser é único.

Mas hoje em dia nos deparamos com tantas situações como essa.
É difícil avaliar, porque na maioriad a vezes, sabemos que as pessoas são demais egoístas. Pensam, vivem e respiram a si mesmas, todo o tempo.

Sou aquela pessoa que ama cuidar do outro, paparicar, pegar no colo, dar o que tenho de melhor.

Com toda sinceridade, me entrego, caio de cabeça, ai quem se "ferra" sou eu.

Como a idade madura, graças a Deus chegou, estou mais esperta e cuidadosa em relação à isso... rsrsrs...

Só tenho certeza de uma coisa, amar é o maior de todos os sentimentos e sentidos que temos na vida.

Beijo!