por Nice Pinheiro
Três mulheres conversavam. Três décadas. Na casa dos 30, 40 e 50. Os assuntos eram os mais diversificados. Trabalho, novela, festa na casa de fulano, churrasco na casa de cicrano, show em tal lugar e por aí vai. Papo vem, papo vai, começaram a falar sobre quem ficou com quem. Falaram, riram e se divertiram muito com os comentários.
- Menina, você bem que ficou com o fulano de tal. Eu vi! Rsrsrsrsrs
- Você viu? E olha que tentamos disfarçar! Ah, não gostei não...
- Como assim? Vocês se beijaram o tempo todo!
- Ele beija muito mal. Não gostei. Não vou ficar com ele de novo. Só no caso de eu não conseguir ficar com mais ninguém...rsrsrsrsrsrsrsrs
- Coitado. Será que ele beija tão mal assim? Vou ficar com ele da próxima vez pra ver se eu gosto. Vai que eu goste!!! Rsrsrsrsrs....
- Pode ficar. Bom proveito. Se eu esbarrar com ele por aí e não tiver outra opção eu fico de novo. Tudo bem. Fazer o que né? Boca é pra ser beijada....rsrsrsrsrsrs
Não, não é ficção. Aconteceu e eu estava presente. Quase que soltei um “meninas, me amassem porque eu tô passada!”. Fiquei pasma. Continuei escutando a conversa e tentei assimilar todo aquele “conteúdo”. Fiquei pensando: Ou estou fora da realidade ou as mulheres estão sem noção, como diz minha filhota. Alguma coisa está errada!
Ouço muito isso por aí. Ficar não é uma atitude só de adolescentes. Também tornou-se uma prática entre pessoas mais experientes. Homens e mulheres adultos e “maduros” saem para “ficar”, como os adolescentes. E ficam com um hoje, com outro amanhã, semana que vem é outro, depois de amanhã é o da semana passada, e por aí vai. Vida que segue o rumo. Fila que anda.
Cheguei em casa e fiquei pensativa. Lembrei de uma situação que aconteceu comigo, quando conheci uma pessoa. Mantemos contato até hoje. Ficamos amigos. Tive minha experiência. Fiz uma reflexão sobre minhas atitudes, sobre minha maneira de ser e de “encarar” certos assuntos e determinadas situações. Precisei rever meus conceitos. Revi. Definitivamente, a prática do ficar não feita para mim. Não encaixa. Não entra na minha cabeça. Simplesmente não rola. Não dá!
Tudo bem. Quem gosta da prática do ficar que continue praticando. Não tenho nada com a vida de ninguém e não estou neste mundo pra ficar julgando os outros, mas pra mim não dá mesmo. Tem muita coisa pra ser levada em consideração, a começar por mim. Isso mesmo! Respeito meus princípios e minhas convicções. Ficar com alguém seria ir contra tudo que penso sobre relacionamento. Beijar uma pessoa que nem conheço e mal sei o nome? Não, não dá mesmo. Para mim, o beijo é um ato muito íntimo e prazeroso. E, pior do que simplesmente ficar é ficar com alguém gostando de outra pessoa. Gente, não dá! E como eu ouço isso! “Adoro fulano. Sou apaixonada por ele. Já te contei que fiquei com beltrano ontem?”. Se derrete em lágrimas pelo fulano mas fica com os beltranos da vida, até que o tal fulano finalmente caia em seus braços.
Decididamente, prefiro ficar comigo mesma. Opto por uma relação adulta e estável. Prefiro aguardar alguém especial. Alguém que preserve os encantos de um encontro. O encanto do roubar um beijo ou de simplesmente pedir, com muita vontade e desejo de beijar. O encanto do momento. O encanto do outro. O cheiro, o olhar. As afinidades descobertas. A empatia. O interesse em conhecer de fato o outro e não apenas por uns minutos ou uma noite. É ir para casa com a sensação de quero mais. É ouvir o celular tocar e ver o nome do outro. É desligar esta descoberta divina da tecnologia e rir como uma boba, só porque haverá um novo encontro. É receber flores com um cartão onde está escrito.
Ouço muito isso por aí. Ficar não é uma atitude só de adolescentes. Também tornou-se uma prática entre pessoas mais experientes. Homens e mulheres adultos e “maduros” saem para “ficar”, como os adolescentes. E ficam com um hoje, com outro amanhã, semana que vem é outro, depois de amanhã é o da semana passada, e por aí vai. Vida que segue o rumo. Fila que anda.
Cheguei em casa e fiquei pensativa. Lembrei de uma situação que aconteceu comigo, quando conheci uma pessoa. Mantemos contato até hoje. Ficamos amigos. Tive minha experiência. Fiz uma reflexão sobre minhas atitudes, sobre minha maneira de ser e de “encarar” certos assuntos e determinadas situações. Precisei rever meus conceitos. Revi. Definitivamente, a prática do ficar não feita para mim. Não encaixa. Não entra na minha cabeça. Simplesmente não rola. Não dá!
Tudo bem. Quem gosta da prática do ficar que continue praticando. Não tenho nada com a vida de ninguém e não estou neste mundo pra ficar julgando os outros, mas pra mim não dá mesmo. Tem muita coisa pra ser levada em consideração, a começar por mim. Isso mesmo! Respeito meus princípios e minhas convicções. Ficar com alguém seria ir contra tudo que penso sobre relacionamento. Beijar uma pessoa que nem conheço e mal sei o nome? Não, não dá mesmo. Para mim, o beijo é um ato muito íntimo e prazeroso. E, pior do que simplesmente ficar é ficar com alguém gostando de outra pessoa. Gente, não dá! E como eu ouço isso! “Adoro fulano. Sou apaixonada por ele. Já te contei que fiquei com beltrano ontem?”. Se derrete em lágrimas pelo fulano mas fica com os beltranos da vida, até que o tal fulano finalmente caia em seus braços.
Decididamente, prefiro ficar comigo mesma. Opto por uma relação adulta e estável. Prefiro aguardar alguém especial. Alguém que preserve os encantos de um encontro. O encanto do roubar um beijo ou de simplesmente pedir, com muita vontade e desejo de beijar. O encanto do momento. O encanto do outro. O cheiro, o olhar. As afinidades descobertas. A empatia. O interesse em conhecer de fato o outro e não apenas por uns minutos ou uma noite. É ir para casa com a sensação de quero mais. É ouvir o celular tocar e ver o nome do outro. É desligar esta descoberta divina da tecnologia e rir como uma boba, só porque haverá um novo encontro. É receber flores com um cartão onde está escrito.
“Obrigado pela noite. Você é uma mulher muito especial.”
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