Pois é. E o que estarão sentindo a mãe dos rapazes agredidos no Rio e
Que jovens são esses que agridem e matam por preconceito? Ninguém nasce preconceituoso. Ninguém nasce odiando homossexuais, negros, evangélicos, espíritas, obesos, nordestinos, enfim.
É “comum” presenciarmos crianças que mal começaram a andar agredindo física e verbalmente seus pais, avós, tios e irmãos. O que se vê por aí são adolescentes agredindo professores, matando os pais ou avós por causa de dinheiro ou por motivos ainda mais fúteis. O que se vê por aí é um mundo podre que só valoriza o ter. E que exige cada vez mais que as pessoas usem e abusem da superficialidade, da individualidade, da ignorância afetiva. Sim, porque a ignorância afetiva está dominando as pessoas.
A infância e a adolescência estão cada vez mais raras. É a valorização da erotização infantil. Onde está a infância de uma criança que se veste como uma “periguete” e dança funk aos 2, 3, 4 anos? Será que ela sabe brincar de roda? Onde está a adolescência de uma menina que engravida aos 11, 12, 13 anos? Será que ela sabe brincar de pique-bandeira? A inocência, hoje em dia, praticamente inexiste. Chega a ser surreal!
Os consultórios dos cirurgiões plásticos e dos esteticistas estão cada vez mais repletos de meninas e mulheres que desejam modificar seu corpo. Lipo para afinar a cintura. Silicone nos seios, nas panturrilhas e no bumbum. Narizinho de Barbie e boca de Angelina Jolie. Cabelos alisados. Bronzeamento artificial. Unhas artificiais. Quem é você afinal? Essa pergunta será feita por elas um dia, ao observarem sua imagem num espelho qualquer. E, quando a prevalecer a lei da gravidade, elas observarão um corpo flácido e enrugado com seios, bumbum e panturrilhas intactos. Que papelzinho miserável! Pois é.
A idade só não chega para quem morre antes. O tempo “degusta” lentamente a carne, “suga” lentamente a força e a energia. Qual é mesmo o resultado? Então...
Um dia, alguém me disse que amar dá trabalho. Pode isso? Pois é. Espero que essa pessoa tenha mudado de idéia. Pais que amam seus filhos ensinam e orientam. Pais que amam seus filhos não são omissos, não transferem a responsabilidade da educação de seus filhos para os avós, para a empregada e, muito menos, para a escola.
Pais que amam seus filhos participam da vida deles. Estão sempre presentes às reuniões escolares, conhecem os coleguinhas e amigos dos filhos (e os pais desses), conversam sobre todos os assuntos com as crianças e não deixam perguntas sem respostas. Mostrar e impor limites e ensinar “boas maneiras” faz parte da boa educação. E jamais esquecem o básico e fundamental da vida: seu direito termina onde começa o direito do outro.
O assunto é extenso. E polêmico. E é triste que seja assim. Muito triste. Afinal, todo mundo pensa em deixar um planeta melhor para os filhos… E quando é que pensarão em deixar filhos melhores para o nosso planeta? Pois é.
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