sábado, 1 de dezembro de 2007

GANGUE DE MULHERES SURRA HOMENS...

Um grupo de mulheres indianas que se autodenomina gulabi gang, ou a gangue rosa, está fazendo justiça com as próprias mãos na empobrecida região da cidade de Banda, no norte da Índia.














Dois anos após ter surgido como um grupo organizado, com nome e indumentária característicos, a gangue já deu surras em homens que abandonaram ou bateram em suas mulheres e denunciou práticas corruptas na distribuição de comida para os pobres.



Elas vestem sáris cor-de-rosa (o sári é a roupa tradicional feminina na Índia), saem em perseguição de autoridades corruptas e, quando necessário, se armam com varas e machados.
As centenas de adeptas da gangue fogem de associações com partidos políticos e organizações não-governamentais porque, nas palavras de sua líder, Sampat Pal Devi, "eles estão sempre esperando alguma coisa em troca quando oferecem ajuda financeira".








"Ninguém nos ajuda nessas redondezas. As autoridades e a polícia são corruptas e são contra os pobres. Então, às vezes temos de fazer justiça com as nossas mãos. Em outras situações, preferimos envergonhar os malfeitores", explica Sampat Pal Devi, enquanto ensina uma das mulheres da gangue a usar um lathi (vara tradicional indiana) em defesa própria.





Castigada pela seca, Banda fica em uma das áreas mais pobres de um dos Estados mais populosos da Índia, Uttar Pradesh.
O fardo da pobreza e da discriminação, em uma sociedade baseada em castas e dominada pelos homens, acaba pesando mais sobre as mulheres. Pedidos de dotes, violência doméstica e sexual são comuns. A líder Sampat Pal Devi, por exemplo, é esposa de um vendedor de sorvete e tem cinco filhos, o primeiro nascido quando ela tinha apenas 13 anos.
"Não somos uma gangue no sentido comum da palavra. Somos uma gangue pela justiça." O grupo também não se considera feminista.
É por isso que homens como Jai Prakash Shivhari também se aliaram à gangue e discutem com veemência temas como casamento infantil, mortes associadas a dotes, falta d’água, subsídios agrícolas e desvio de verbas em obras do governo.
"Não queremos doações ou esmolas. Não queremos conciliação ou ação afirmativa. Dê-nos trabalho, pague-nos salários decentes e devolva nossa dignidade", ele diz.
Mas se o homem não se comportar, a Gulag Gang veste seu sári cor-de-rosa e parte para o ataque.
A música-tema delas deveria ser aquela da Rita Lee:
Por isso, não provoque, é cor-de-rosa choque!

Um comentário:

Anônimo disse...

Nice, miga...

Sabe, detesto brigas, corrupção, injustiças e desigualdes.

Mesmo sabendo que não posso arrumar o mundo, procuro melhorar o mundo que existe dentro de mim, meu eu.

Sou absolutamente crítica.

Também possuo capacidade para perceber quando as pessoas não gostam da minha maneira de enxergar as coisas, simplesmente isolo, me afasto totalmente.

Não concordo com certas atitudes de povos de outros países. Sei que é questão de cultura, de educação, cada um possui a sua.

Caramba, onde fica a minha capacidade de lógica, raciocinio, inteligência, vivência, experiência e amor?

Preferível um covarde vivo que um herói morto...

Porque sempre vão rir da nossa "cara"...

Pois a igualdade é para poucos, e são esses que mais sofrem, porque sempre são excluídos.

Mesmo assim, respeito os ideais da Guange de mulheres.

O aperto na alma é forte, porque sou "uma covarde", jamais surraria alguém, mesmo sabendo que meus direitos e necessidades estão sendo "roubados" deliberadamente.

E o governo sendo corrupto, não tenho forças sozinha para dar um jeito na situação.

Se a voz do povo, é a voz de Deus, busquem tudo que é de direito.

Porque o direito da sentença, somente Deus dará...


Doce beijo na alma!