sábado, 10 de outubro de 2009

INTELIGÊNCIA BRASILEIRA

Um processo inovador para a produção de bioquerosene a partir da mistura de óleo vegetal e etanol de cana-de-açúcar poderá tornar o combustível usado em aviões menos poluente e mais barato. A nova tecnologia, desenvolvida nos laboratórios da Faculdade de Engenharia Química da Universidade Estadual de Campinas (FEQ Unicamp), permite o uso de praticamente qualquer tipo de óleo vegetal como matéria-prima e resulta em um combustível com altos índices de pureza, item de exigência para o uso em motores a jato. Com um custo de produção cerca de 30% mais em conta do que o querosene obtido a partir do petróleo, o invento apresenta performance bastante similar ao produto usado regularmente nas aeronaves e já é objeto de interesse de empresas privadas.











O grande avanço feito pelo grupo coordenado por Maciel Filho, no entanto, foi desenvolver uma tecnologia capaz de separar o bioquerosene das impurezas decorrentes da sua fabricação - água, glicerina e o que sobra do etanol não um consumido nas reações. "Quanto mais impuro for o querosene, maior é a tendência ao congelamento em grandes altitudes. Nós conseguimos um grau de pureza que chega a 99,9%. Não há registros de produtos semelhantes no mercado brasileiro ou internacional", revela Maciel Filho. Ao final desse processo, cujo detalhamento é mantido sob sigilo, o bioquerosene fica mais fino e com menor viscosidade. A possibilidade de produção do bioquerosene em escala industrial foi testada e certificada pelo Instituto de Pesquisas Tecnológicas - IPT, e sua tecnológica, é claro, já está devidamente patenteada.



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