terça-feira, 27 de março de 2012

ELEIÇÕES: É SEMPRE A MESMA COISA!

Thomas Jefferson já dizia que “O preço da liberdade é a eterna vigilância.” Penso como meu professor de Análises de Políticas Públicas, Oscar Filho: a democracia também deve ser eternamente vigiada. E é claro, que a vigilância cabe aos cidadãos, aos eleitores, ao legislativo. E por que não vigiar desde o primeiro dia de mandato? Por que não cobrar desde o início do governo? Por que lançar mão de difamações, bate-bocas, insinuações maldosas, ofensas, agressões verbais etc e tal? Por que não usar a democracia em nosso favor sempre, e não somente em período eleitoral? Por quê?


Isso não acrescenta nada. Esse tipo de “controle pré-eleitoral” só demonstra a fome pelo poder. E isso, de forma alguma, significa uma administração melhor. Cabe ao povo vigiar e cobrar. Mas vigilância e cobrança devem ser constantes, e não oportunistas e pontuais. O que vemos de quatro em quatro anos é lamentável. Degradante. Há que se entender melhor a democracia. Há que se viver de acordo com a democracia. E viver de acordo com a democracia não é ser oportunista. É exercer a cidadania diariamente e em todos os sentidos. Inclusive, vigiando o governo (municipal, estadual, federal), sim. Mas de forma cidadã, íntegra, honesta. Cobrar do governo, dos senadores, deputados e vereadores. Oferecer denúncias ao MP, se for o caso. Mas que isso seja feito desde o início do mandato e sem interesses que se sobreponham aos da sociedade, município, estado ou país.


O que vemos de quatro em quatro anos, é sempre o mesmo filme. Atores principais, coadjuvantes e figurantes são, quase sempre, os mesmos. Lastimável. Democracia também implica respeito. Se todos exercessem o papel de cidadão desde o início de uma administração o filme seria outro de quatro em quatro anos. Mas, como viver sem um Big Brother a cada quadriênio? Impossível passar pelo período eleitoral sem baixarias, sem ofensas, sem agressões. É lamentável.

Estamos em pleno século 21, ano 2012, e os políticos e seus eleitores insistem numa forma arcaica e antiética de fazer política. O primeiro século do terceiro milênio e ainda vivemos um ambiente político totalmente retrógrado. É de perder as esperanças. A briga pelo poder interessa muito mais que o bem-estar coletivo. Ultrapassa a fronteira da dignidade, do bom-senso. Mentes retrógradas em ebulição. Muito perigoso...A Política está muito além disso. Política é muito mais que isso. Mas parece que a maioria dos políticos não pensa assim. E muitos eleitores, também.

Nice Pinheiro

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