O carnaval de Resende foi um sucesso, apesar de muitos não concordarem com o novo local escolhido para realização do evento. Isso também aconteceu quando a festa de aniversário da cidade mudou para o Parque de Exposições Francisco Fortes Filho, fato que contrariou muita gente. Hoje, apesar de ser muito extenso, o local ficou pequeno nos cinco dias de festa....
Com a mudança de trânsito, a realização do carnaval de rua ficou praticamente inviabilizado. E com o evento transferido para o Parque de Exposições, a cidade ficou sem a sujeira das ruas, o mau cheiro de urina nas portas de residências e comércios, o vandalismo que “detona” com o patrimônio público, as inúmeras ocorrências policiais, algumas com mortes, e por aí vai.
Quem foi brincar o carnaval no Parque de Exposições gostou. E muito. E olha que foram cerca de três mil pessoas por dia, com exceção de segunda-feira, quando a Polícia Militar registrou a presença de quase 10 mil foliões! O índice de satisfação dos foliões foi bem alto, superando todas as expectativas. Principalmente por parte de quem foi com a família completa.
A organização foi muito elogiada. A começar pela segurança. Os quatro dias de carnaval correram na maior tranquilidade. Acabei de falar com o responsável pela segurança do evento. Quantas ocorrências policiais? Nenhuma! Algumas pessoas alcoolizadas até tentaram puxar briga, mas os seguranças “chegavam junto” e a briga não rolava. Ninguém me contou. Eu vi, ao vivo e
O pessoal da Vigor Remoções, empresa responsável pelo atendimento médico no carnaval da cidade, também não teve trabalho, levando em consideração os quatro dias de folia que somaram um total de quase 20 mil pessoas. De acordo com o Dr. Paulo Sergio Mendes de Lima, clínico geral especializado em CTI e responsável pela equipe médica durante os quatro dias de plantão, foram registrados apenas 59 casos: alcoolismo (26), torção/contusão (9), infecção intestinal (7), agressão (nariz sangrando - 3), controle de hipertensão (12), diabete (1) e queimadura leve (1).
Pelos números, podemos observar que o saldo do “Resende em Ritmo de Samba” foi altamente positivo, superando todas as expectativas.
Fico lembrando da crítica e da resistência dos cariocas e das agremiações quando o Sambódromo foi construído. Foi uma “choradeira geral”, uma insatisfação só. Uma enxurrada de críticas negativas, de reclamações, de protestos. Um local que era para ser usado, em princípio, apenas para os desfiles das escolas de samba, hoje também é utilizado para grandes shows e outros eventos.
O Parque de Exposições Francisco Fortes Filho foi criado para abrigar, em princípio, a grande festa de cinco dias do aniversário de Resende. Mas este espaço, ocioso durante grande parte do ano, pode ser usado para muito mais eventos festivos e culturais. Como as comemorações do Sete de Setembro e do carnaval, por exemplo. Até porque, é obrigação do poder público garantir a ordem e a segurança durante a realização de grandes eventos, como o carnaval e a festa da cidade. E foi isso que a prefeitura de Resende fez este ano. O saldo positivo do carnaval de Resende foi o maior de todos os tempos. Gostem ou não, a realidade é esta.
A infraestrutura do local permitiu a apresentação de ritmistas e passistas de quatro grandes escolas de samba cariocas: Vila Isabel, Portela, Beija Flor e Unidos da Tijuca. A Banda do Cordão do Bola Preta, e os grupos Quizomba (Lapa/RJ), Garfo e Faca (VR/RJ) e Alerta Geral (Resende) também marcaram presença no carnaval de Resende. Todos tiveram camarim à disposição, com banheiros e buffet, como deve ser.
Oito blocos locais disputaram o primeiro lugar, que coube ao “Vai Quem Quer da Matinha”. A Mocidade Alegre da Vicentina conquistou o segundo lugar e o bloco da Vila Araújo foi o terceiro colocado.
Os foliões puderam usufruir de banheiros limpos durante todos os dias, além dos banheiros químicos. A praça de alimentação, com barracas variadas, ofereceu farta opção de bebidas, refrigerantes, salgados, sanduíches e até sorvetes.
O funk, a música eletrônica e o rap ficaram de fora. Afinal de contas, o carnaval é feito de marchinhas e samba. Para alguns, é discriminação. Para muitos, é um resgate do verdadeiro carnaval. O Axé só foi permitido durante o Bloco das Piranhas, e somente até a apresentação da Beija Flor. Depois, a banda do Cordão do Bola Preta “engrenou” nas marchinhas e o Garfo e Faca “atacou” de samba. E ninguém reclamou, muito pelo contrário.
Várias outras cidades agiram da mesma forma. Quatis, Tiradentes, São Lourenço, Ouro Preto, e por aí vai. É só abrir os jornais ou ler na internet. Demorou, mas podemos perceber que os prefeitos de muitas cidades estão mais atentos ao carnaval. E ao conforto e à segurança que devem proporcionar aos moradores de suas cidades e visitantes. Alguém me disse o seguinte: “poxa, quantas cidades sonham com um espaço como esse para fazer o carnaval!” E essa pessoa não era Resendense.
Pois é...E até o carnaval do ano que vem!!!!
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