Armando Nogueira. Aos 17 anos, saiu do Acre para o Rio de Janeiro. Estudou Direito, mas tornou-se um grande jornalista. E o primeiro emprego como jornalista foi em 1950, na editoria de esportes do "Diário Carioca", onde trabalhou por 13 anos ao lado de Otto Lara Resende, Rubem Braga, Fernando Sabino, Paulo Mendes Campos. Foi repórter, redator e colunista. E que escola de jornalismo ele teve!
Era um apaixonado por futebol. E botafoguense. Suas crônicas esportivas eram quase poéticas. Armando Nogueira usava e abusava da espontaneidade, da simplicidade, da sensibilidade, da poesia, do humor. Ingredientes que ele sabia dosar como ninguém, receita de seu sucesso como jornalista e escritor. oesia, humor. Ingredientes que ele sabia dosar como ninguE eu me deliciava lendo ou ouvindo Armando Nogueira.
Ah, os grandes jornalistas! Tornaram-se grandes pela vocação, pelo talento latejante nas veias, na alma. Nasceram jornalistas.
"Tu, em campo, parecias tantos, e no entanto, que encanto! Eras um só, Nílton Santos".
“Seleção, substantivo feminino, tem, como a mulher, o insondável poder de virar a cabeça do homem que a conquista.”
“A tabelinha é o triângulo amoroso do futebol.”
"Pelé é tão perfeito que se não tivesse nascido gente, teria nascido bola."
"Para Mané Garrincha, o espaço de um pequeno guardanapo era um enorme latifúndio."
“A tabelinha de Pelé e Tostão confirma a existência de Deus.”
"No futebol, matar a bola é um ato de amor. Se a bola não quica, mau-caráter indica."
“O passe é devoção; o drible, inspiração.”
“Para entender a alma do brasileiro é preciso surpreendê-lo no instante de um gol.”
“Vai, bola de meia, lua cheia de trapinhos no meio da rua.”
Armando Nogueira
1927/2010
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