segunda-feira, 17 de março de 2008

QUEM CANTA OS MALES ESPANTA...

Uma matéria de Cristina Gawlas Viena chamou minha atenção. Pesquisas recentes sobre os efeitos benéficos do canto afirmam que cantar não é apenas uma das formas de expressão mais antigas do ser humano, mas também pode curar muitos males. A doutora Gertraud Berka-Schmid, psicoterapeuta e professora da Universidade de Música e Artes de Viena, afirma que os médicos deveriam receitar a prática do canto com regularidade.












A especialista critica pais e professores que tentam proibir as crianças de cantar porque "não sabem", pois assim as privam de sua capacidade de "personificação" e o acesso à experiência do som.
"Cantar é a respiração estruturada", afirma a médica, explicando o efeito fisiológico da respiração abdominal - a mais profunda -, que prevalece quando se canta e que se transforma em massagem para o intestino e em alívio para o coração.





Além disso, garante a doutora, essa respiração fornece ar adicional aos alvéolos pulmonares, impulsiona a circulação sanguínea e pode melhorar a concentração e a memória.
Na opinião da especialista, cantar é um ótimo remédio para os males específicos do nosso tempo, porque equilibra o sistema neurovegetativo e reforça a atividade dos nervos parassimpáticos, responsáveis pelo relaxamento do corpo.












Cantar gera harmonia psíquica e reforça o sistema imunológico, importantes frente a problemas tão freqüentes hoje em dia, como os transtornos do sono, as doenças circulatórias e a Síndrome de Burnout - a exaustão emocional.
As conseqüências de um estímulo nervoso excessivo são típicas dos tempos atuais, afirma a especialista: as pessoas não agüentam os próprios impulsos, se isolam, se bloqueiam e paralizam ou acumulam agressividade.







Através da voz, o ser humano é capaz de expressar seus sentimentos de tal maneira que pode se desfazer de uma série de más sensações.
Em algumas ocasiões isso não é possível apenas falando normalmente e, por isso, o canto desempenha um papel essencial.
Lembrando o ditado "quem canta, seus males espanta", não há diferenças em cantar sozinho, em dupla, em coro ou no banheiro, assim como não importa se a pessoa desafine, garante Berka-Schmid.







O corpo é o instrumento de que dispomos para nos comunicar e jogar fora a ira acumulada. A respiração varia de acordo com as emoções, pois quem está agitado, por exemplo, tende a respirar de forma diferente daquele que se encontra triste.
Na prática, observou-se que pacientes com Mal de Alzheimer, graças a uma música conhecida, recuperaram algumas lembranças, e pessoas que sofreram apoplexia conseguiram voltar a falar através do canto, segundo a especialista.




Então, vamos todos cantar!
Bem, eu canto o dia inteiro e posso garantir que é verdade mesmo.
Se estou triste ou com raiva trato logo de cantar.
É tiro e queda: melhoro rapidinho.

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